• 23-11-2024

Marcellus Williams foi morto através de injeção letal nos Estados Unidos, na última terça-feira (24)

Após um homem negro condenado à morte pelo assassinato de uma mulher, em 1998, ser executado por injeção letal nos Estados Unidos, na noite da última terça-feira (24), a atriz Viola Davis foi até às redes sociais denunciar as irregularidades do caso.

“O promotor público que originalmente processou o Sr. Williams sugeriu que ele foi injustamente condenado e lutou para que a condenação fosse anulada (...) Nenhuma evidência científica implicou o Sr. Williams, e todo o caso contra ele foi baseado num informador de prisão não confiável e numa testemunha que procurava uma recompensa em dinheiro.”, compartilhou a atriz em publicação no Instagram.

 

 

A atriz defendeu ainda o fim da pena de morte nos Estados Unidos: “Ninguém deveria ser morto pelo estado. A hora de acabar com a pena de morte racista, injusta e cruel é AGORA.”, escreveu.

 

Entenda o caso que levou a morte de Marcellus Williams

 

O julgamento de Marcellus Williams, condenado pelo assassinato de uma mulher em 1998 em University City, no Missouri, passou por diversas interferências ao longo do processo. A atriz Viola Davis reporta que, ao longo do julgamento, promotores removeram seis dos sete potenciais juris negros, alegando que um em particular es parecia com o “irmão do Sr. Williams”.

 

Os advogados de defesa de Williams lutaram até o fim para evitar sua execução, após uma série de apelos fracassados nas cortes. Mesmo com a recusa da Suprema Corte estadual em reverter a sentença e o governador Mike Parson negando o pedido de clemência, a equipe jurídica não desistiu. Eles basearam seus argumentos em supostos erros durante o processo de seleção do júri e no alegado manuseio inadequado da arma do crime pela promotoria. A defesa buscava que a pena de morte fosse convertida em prisão perpétua, mas suas tentativas foram frustradas em todas as instâncias legais. 

 

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Os representantes de Williams pediram pela suspensão da execução dele por supostos erros processuais, acordado pela promotoria que também era contrária à pena de morte. 

A família da vítima também se declarou contrária à pena de morte e havia pedido para que as autoridades poupassem a vida do condenado. “A família define Justiça como Marcellus sendo autorizado a viver (...) A execução não é necessária”, afirmaram em comunicado enviado.

Danilo Castro

Jornalista carioca, DJ e comunicador apaixonado por música. Ama a cultura pop negra tanto quanto comer frutos do mar.