Tiroteio em residências vizinhas na África do Sul deixa 17 mortos

No último sábado, a África do Sul testemunhou mais um episódio de violência brutal. Pelo menos 17 pessoas de uma única família foram assassinadas em um ataque que chocou a cidade de Lusikisiki, localizada na província de Cabo Oriental. Atiradores invadiram duas propriedades, abrindo fogo contra as vítimas enquanto dormiam, informou a polícia local. 

A tragédia ocorreu durante uma cerimônia tradicional, onde a família se reunia para celebrações. Em uma das propriedades, 13 pessoas foram mortas, das quais 12 eram mulheres. Seis sobreviventes foram resgatados, incluindo um bebê de apenas dois meses, de acordo com a porta-voz da polícia, brigadeira Athlenda Mathe. Outro sobrevivente está hospitalizado em estado crítico. 

Em uma segunda residência, todas as quatro pessoas que estavam dentro da casa foram brutalmente assassinadas. Equipes forenses e policiais foram deslocadas para o local, onde estradas de terra isoladas contrastavam com o cenário sombrio das modestas casas coloridas, que agora fazem parte de uma investigação prioritária das autoridades.O episódio se junta a uma série de tiroteios em massa que têm ocorrido com frequência cada vez maior na África do Sul.  

Comunidade local homenageia vítimas e faz apelo às autoridades. (Foto: Internet)

Autoridades policiais expressaram preocupação com a quantidade alarmante de armas de fogo ilegais em circulação. Nos últimos quatro meses, mais de 430 armas ilegais, incluindo rifles automáticos, foram apreendidas pela polícia no Cabo Oriental. 

Senzo Mchunu, ministro da polícia, destacou o caráter prioritário da investigação sobre o massacre, classificando o número de vítimas como “intoleravelmente alto” durante uma coletiva de imprensa. Ele também mencionou que a presença crescente de armas de fogo ilegais contribui significativamente para as altas taxas de criminalidade violenta no país. 

A África do Sul há anos enfrenta taxas alarmantes de criminalidade violenta, com uma escalada recente em tiroteios em massa. Especialistas e autoridades locais têm apontado para o aumento da violência armada, especialmente em regiões rurais como a de Lusikisiki, onde a presença policial é muitas vezes insuficiente para conter as atividades criminosas.