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Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, fez o anuncio na manhã desta sexta-feira (02)
Na manhã desta sexta-feira (02) em pronunciamento, o Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, revelou que o governo federal está em processo avançado de compra da infame "Casa da Morte" localizada em Petrópolis, Rio de Janeiro. Este imóvel é conhecido por ter sido um dos centros mais cruéis de tortura e assassinato de presos políticos durante a ditadura militar (1964-1985). A intenção é transformar o local em um memorial dedicado à lembrança daqueles que sacrificaram suas vidas em prol da liberdade.
As negociações para a aquisição do imóvel, também conhecido como "Codão", encontram-se em estágio avançado, conforme informado por Silvio Almeida durante uma conversa com jornalistas em Brasília. A decisão do governo visa honrar a memória daqueles que "tombaram para fazer o País respirar", expressou o ministro.
A "Casa da Morte" foi erguida na década de 70, inicialmente pertencendo a Mario Lodders, um simpatizante da ditadura, e posteriormente cedida ao Exército. Sob a alcunha de "Codão", o local tornou-se um centro clandestino de tortura e assassinato, sendo responsável pela morte de pelo menos 22 guerrilheiros, conforme ordens do ministro do Exército Orlando Geisel para executar presos políticos banidos do país.
A única sobrevivente conhecida da Casa da Morte, Inês Etienne Romeu, corajosamente denunciou as atrocidades após suportar tortura e estupro por mais de três meses. O imóvel foi provisoriamente tombado em 2023, preservando sua história sombria como testemunha dos horrores da ditadura.
Diversos nomes, como Carlos Alberto Soares de Freitas, Amílcar Lobo e outros, foram associados às mortes ocorridas na casa. O tenente-coronel Paulo Malhães, responsável pela preparação do local, admitiu seu papel na transformação de guerrilheiros em infiltrados. Torturadores como Cyro Etchegoyen e Rubens Gomes Carneiro foram identificados, trazendo à tona a verdade sobre os responsáveis pelos crimes cometidos na "Casa da Morte".
A iniciativa de transformar esse sombrio símbolo do passado em um memorial é um passo significativo na busca por justiça e preservação da memória histórica do Brasil. A criação desse memorial não apenas homenageia as vítimas desse período sombrio da história brasileira, mas também serve como uma forma de conscientização e educação sobre os horrores da ditadura militar.
Jornalista, pós-graduado em Assessoria de Imprensa e Gestão da Comunicação, CEO da agência Ruffino Assessoria e ativista racial, abordando pautas relacionadas à comunidade negra em suas redes sociais @ruffinoficial
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