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Cais do Valongo – Rio de Janeiro (RJ)
O Cais do Valongo, localizado na região portuária do Rio de Janeiro, é um importante sítio arqueológico que desempenhou um papel fundamental na história do Brasil. Construído no século XIX, o cais foi o principal ponto de desembarque de africanos escravizados trazidos para o país durante o período do tráfico transatlântico de escravos.
A necessidade de resgatar a história do Cais do Valongo está intrinsecamente ligada ao reconhecimento e à valorização da memória da escravidão no Brasil. Durante muitos anos, essa história foi negligenciada e apagada, impedindo uma compreensão completa das profundas marcas deixadas pela escravidão na sociedade brasileira.
Resgatar a história do Cais do Valongo significa dar visibilidade aos milhões de africanos que foram forçados a atravessar o oceano Atlântico em condições desumanas e chegaram ao Brasil pelo Rio de Janeiro. O cais foi o ponto de chegada de aproximadamente um milhão de africanos escravizados, o maior contingente de todo o continente americano. O local testemunhou uma das maiores tragédias humanas da história, sendo um símbolo representativo da escravidão e de sua importância para a formação do Brasil.
Além disso, o resgate da história do Cais do Valongo é fundamental para a promoção da justiça social e da igualdade racial. Reconhecer o passado escravocrata do Brasil é essencial para enfrentar as desigualdades e discriminações que persistem na sociedade atual. O conhecimento e a conscientização sobre o Cais do Valongo permitem confrontar a herança do racismo estrutural e promover a valorização da cultura e das contribuições dos afrodescendentes para a identidade brasileira.
A história do Cais do Valongo também possui relevância turística e cultural. Em 2017, o sítio arqueológico foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO, tornando-se um importante destino para visitantes interessados em aprender mais sobre a história da escravidão e sua influência na formação do país. O resgate dessa história contribui para a preservação do patrimônio cultural e a promoção do turismo sustentável.
Em suma, a necessidade de resgatar a história do Cais do Valongo no Rio de Janeiro está fundamentada na importância de reconhecer, preservar e valorizar a memória da escravidão no Brasil. Ao fazer isso, promovemos a justiça social, a igualdade racial e a compreensão de nossa identidade nacional, além de honrar aqueles que sofreram com essa terrível violação dos direitos humanos.
Como advogado da ARQPEDRA Associaçâo de Moradores da Pedra do Sal, e membro de seu comitê cienetífico, sou Humberto Adami, carioca, mestre em Direito, e figuro como coordenador da Comissâo de Mémória e Reparaçâo do Comitê Gestor do Cais do Valongo, presidindo ainda o IARA Instituto de Advocacia Racial e Ambintal.
A passagem por 3 gestões como Presidente da CNVENB Comissâo Nacional da Verdade da Escravidâo Negra do Conselho Federal da OAB deu sólidas bases para lidar com esse grande momento do Cais do Valongo..
Por fim, registro o parecer "Aspectos Jurídicos da Reparaçâo da Escravidâo Negra", produzido pela CIR IAB Comissâo da Igualdade Racial, que presido, e que se encontra disponível no site do IAB Instituto dos Advogados, que pode ajudar os que se interessem pela leitura sobre a Reparaçâo da Escravidâo.
Redação do Africanize
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