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Os impactos ambientais e à saúde são diversos; os grupos mais vulneravéis são crianças, idosos e pessoas com condições pré-existentes
O Brasil enfrenta uma onda crescente de queimadas que tem provocado efeitos devastadores em diferentes regiões do país. Céus que antes eram azuis estão sendo tomados pela fumaça densa, enquanto cidades registram fenômenos assustadores como a "chuva preta", que tem gerado preocupações e alertas entre especialistas e a população.
Fumaça toma conta de diversas regiões
Nas últimas semanas, moradores de diversas cidades brasileiras têm relatado o desaparecimento do céu azul, substituído por uma camada de fumaça espessa causada pelas queimadas, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. As queimadas ocorrem tanto em áreas de floresta quanto em pastagens, potencializadas pela seca prolongada que atinge grande parte do país. O fogo descontrolado tem se alastrado rapidamente, aumentando a destruição ambiental e piorando a qualidade do ar.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o número de focos de incêndio no Brasil subiu consideravelmente em comparação aos últimos anos, destacando-se nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Pará. Além disso, a densa fumaça tem se espalhado para outras regiões, como o Sudeste, onde cidades enfrentam dias sem sol e com baixa visibilidade.
Fonte: BBC/IQAir
Fenômeno da ‘chuva preta’
Outro efeito dramático das queimadas tem sido a chamada "chuva preta", que já foi registrada em cidades do Sul e Sudeste do país. O fenômeno ocorre quando as partículas de fuligem da fumaça se misturam com a água da chuva, resultando em uma precipitação escura e de aspecto preocupante. Especialistas apontam que a fuligem carregada na atmosfera, ao entrar em contato com a umidade, provoca essa coloração escura, criando uma chuva que, além do impacto visual, levanta questões sobre os riscos à saúde pública.
A "chuva preta" vem sendo relatada em estados como São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, gerando reações de alerta nas redes sociais e nas autoridades locais. O fenômeno não é novo, mas sua recorrência e intensidade têm crescido devido ao aumento das queimadas nos últimos anos. A população, por sua vez, teme o impacto dessa poluição na água e nos cultivos agrícolas.
Foto: Internet
Impactos ambientais e à saúde
Além da destruição da vegetação nativa e da biodiversidade, as queimadas também têm graves consequências para a saúde humana. A inalação da fumaça pode agravar doenças respiratórias, como asma e bronquite, principalmente entre os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com condições pré-existentes.
O cenário atual é agravado pela seca prolongada, que favorece a propagação dos incêndios e dificulta o controle das chamas. Ambientalistas e especialistas têm alertado para a necessidade de medidas emergenciais para conter as queimadas e reduzir seus efeitos devastadores.
Com a combinação de queimadas, seca e mudanças climáticas, o Brasil enfrenta uma crise ambiental sem precedentes. Organizações ambientais e especialistas reforçam a urgência de políticas públicas mais efetivas para prevenir os incêndios florestais, além de ações de combate ao desmatamento e a preservação das florestas.
Redação do Africanize
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