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De acordo com a biomédica Jéssica Magalhães, a variação climática exige ainda mais atenção à pele negra.
Mesmo diversificado, o clima brasileiro tem sido marcado por extremos incomuns nos últimos meses, sinalizando consequências dos impactos intensificados do fenômeno El Niño. Contudo, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), vem alertando que os efeitos irão persistir com um aumento significativo até abril de 2024.
Recentemente no Rio de Janeiro, os termômetros registraram mais de 40°C, enquanto a sensação térmica ultrapassou os 58°C. A cidade de Ibotirama, no oeste baiano, registrou na segunda semana de dezembro, uma das maiores temperaturas, os termômetros marcaram 40,8ºC, com sensação térmica de quase 42ºC.
Com a iminente chegada do El Niño, a chegada do verão e as previsões de temperaturas elevadas em todo o país, torna-se crucial focar nos cuidados específicos para manter a saúde da pele, especialmente para pessoas de pele negra. De acordo com a biomédica especialista em pele preta Jéssica Magalhães, é um período para ficar em alerta quanto à exposição solar e alguns componentes diários como maquiagem e outros acessórios, podem ser grandes aliados.
“Para manter a pele a salvo do aumento da temperatura e exposição nesse período vamos intensificar os cuidados quanto à proteção. Por isso, protetores com o FPS mais alto, igual ou superior a 60, serão grandes aliados. Importante lembrar de reaplicar para manter a proteção. Além disso, a preferência por produtos com proteção solar, como maquiagem, roupa e acessórios, complementa a proteção à radiação”, explica.
Em meio às adversidades climáticas provocadas pelo El Niño, que incluem chuvas volumosas em algumas regiões e riscos de incêndios em outras, a especialista em Gestão pela Qualidade e Gerenciamento de Risco em Saúde, também destaca a importância de uma abordagem holística nos cuidados com a pele.
"A variação climática pode levar a desafios como ressecamento, oleosidade excessiva e até mesmo problemas de acne. Adaptar a rotina com hidratantes leves, séruns específicos e uma limpeza eficaz são passos essenciais para enfrentar essas condições adversas" , afirma Jéssica.
Outro ponto abordado é a relação entre os incêndios, frequentes durante o El Niño, e os possíveis impactos na pele negra. A biomédica sugere a prática da dupla higienização, utilizando um cleansing oil seguido por um sabonete suave, para combater a poluição suspensa e manter a integridade da pele.
Diante das previsões de temperaturas constantes de até 40 ºC e da possibilidade de seca, Jéssica Magalhães recomenda produtos específicos para manter a hidratação da pele negra. Sabonetes suaves, hidratantes com ácido hialurônico e niacinamida, vitamina C e o uso de água termal são destacados como elementos essenciais para reduzir o ressecamento e proteger a pele dos efeitos do calor intenso.
“Ao contrário do que muita gente espera, a pele oleosa não precisa de ácido em todas as etapas do cuidado. Vale muito mais o uso de sabonetes delicados e acrescentar na hidratação ativos como Niacinamida e ácido glicólico (este em baixa concentração) para controlar a produção de sebo e acne. Além disso, procedimentos como limpeza de pele, peeling químico e microtox são aliados no controle da acne e da oleosidade” , acrescenta.
A especialista alerta para a importância de adaptar a rotina de cuidados com a pele diante das mudanças climáticas associadas ao verão e as temperaturas elevadas em decorrência do El Niño. A prevenção e a hidratação constante surgem como aliadas fundamentais para manter a pele negra saudável e resistente aos desafios impostos pelo clima adverso.
“O clima seco reflete a desidratação e aumento da oleosidade da pele. Em locais onde o ar fica muito seco o uso de umidificadores pode reduzir a perda de água da pele. Principalmente nessas condições é preciso manter o nível de ingestão de água, hidratar a pele (rosto e corpo) e reaplicar protetor e até mesmo hidratante (quando preciso) ao longo do dia” , conclui Jéssica Magalhães.
Redação do Africanize
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