Saúde
OMS aprova primeira vacina contra mpox para países da África
Vacina MVA-BN, da Bavarian Nordic, apresenta 76% de eficácia com uma única dose
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a aprovação da primeira vacina contra a mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) destinada a países da África que enfrentam surtos recorrentes da doença. A medida tem como objetivo controlar a propagação do vírus, especialmente em nações africanas, onde a doença tem sido mais prevalente.
A vacina aprovada, denominada MVA-BN e produzida pela farmacêutica Bavarian Nordic , demonstrou uma eficácia estimada de 76% com uma única dose. O esquema de imunização recomendado consiste em duas doses, aplicadas com um intervalo de quatro semanas. A inclusão do imunizante na Pré-Qualificação (PQ) e na Listagem de Uso Emergencial (EUL) da OMS assegura que o medicamento atende aos critérios de qualidade, segurança e eficácia para ser utilizado em países africanos.
Vacina para comunidades mais vulneráveis
Com a aprovação, a OMS espera ampliar o acesso a um insumo essencial para conter a transmissão da mpox. “A aprovação da pré-qualificação deve facilitar o acesso ampliado e oportuno a um insumo essencial em comunidades com necessidades urgentes, para reduzir a transmissão e ajudar a conter surtos” , afirmou a organização em comunicado oficial.
A vacinação é considerada uma ferramenta crucial no combate à doença, que continua a afetar diversas regiões, principalmente onde o acesso a cuidados de saúde e tratamentos preventivos é limitado. A OMS destacou que essa aprovação representa um passo importante no combate à mpox, mas ressaltou que é necessário intensificar a distribuição das doses, especialmente para as áreas mais vulneráveis.
O desafio de garantir o acesso equitativo
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus , destacou a importância de garantir que a vacina chegue a quem mais precisa. “Precisamos agora intensificar urgentemente a aquisição, as doações e a distribuição, para garantir acesso equitativo às doses onde elas são mais necessárias, juntamente a outras ferramentas de saúde pública, no intuito de prevenir infecções, interromper a transmissão e salvar vidas” , disse.