• 21-11-2024

Um dos itens comprados pela jovem não havia sido validado pelo leitor de compras automático da loja

Uma brasileira relatou uma experiência que considera discriminatória em uma loja da Zara em Portugal, no último dia 31 de agosto. Ana Clara Soares, que reside no país, foi acusada injustamente de furto por funcionários da loja enquanto realizava compras na cidade de Lisboa.

Segundo o relato da brasileira, ela havia feito uma compra na Zara e se dirigiu à entrada da loja quando foi identificado que uma das peças não havia sido validada no caixa. Um funcionário da loja, que pediu para verificar as sacolas, acusou a jovem de não ter pago pelo item, a constrangendo no meio de outros clientes do shopping.

"Eu fui super bem tratada pelo segurança, e chegou um funcionário da Zara, a qual não querem me dizer o nome, me tratando super mal e me acusando de roubo na entrada da loja, com todo mundo me olhando, constrangida, dizendo que se eu tivesse pago, estaria no talão.", desabafou Ana Clara.

 

 

A brasileira afirma que a abordagem foi marcada por um tom discriminatório, algo que ela nunca havia experimentado antes, mesmo morando em Portugal há alguns anos. O incidente gerou indignação não só entre brasileiros, mas também entre cidadãos portugueses que condenaram a atitude da loja.

Em resposta ao ocorrido, a Zara emitiu uma nota negando qualquer motivação racial na abordagem e reiterando que as políticas da empresa visam apenas a segurança dos clientes e funcionários. No entanto, o caso reacende o debate sobre a discriminação racial e o tratamento dado a estrangeiros em Portugal, um país que, apesar de sua tradição de acolhimento, ainda enfrenta desafios relacionados ao preconceito e à xenofobia.

Redação Africanize

Redação do Africanize