Vice-presidente do Quênia enfrenta impeachment após acusação de lavagem de dinheiro
Rigathi Gachagua acumulou um patrimônio de 5,2 bilhões de xelins (aproximadamente €35,96 milhões) em apenas dois anos
Ainda que nos vejam através da lente do racismo, eu me orgulho de ser um homem negro; apesar dos insultos, repulsa e da hipocrisia, eu me orgulho de ser um homem negro; independente do medo, julgamentos morais e generalizações, eu me orgulho de ser um homem negro
Penso que ter esse orgulho seja um dos principais pré-requisitos para reivindicarmos formas de masculinidades que não estejam tuteladas pela masculinidade do homem branco. Ademais, ter orgulho do que somos, é, na maioria das vezes, um caminho longo, árduo, porém libertador.
Os ideais viris de masculinidade podem nos ajudar nesse sentido: coragem, liderança, segurança, proteção, força física e autocontrole podem são e devem ser usados para o bem comum. Nesse sentido, os arquétipos de matriz cultural africana-brasileira são fundamentais para não sermos o Homem Negro que o homem branco inventou. No poético livro Homens da África (2012), do escritor Costa-Marfinense Ahmadou Kourouma são apresentados quatro arquétipos de homens negros africanos: o Griô, o Príncipe, o Caçador e o Ferreiro. O Griô representa o homem conciliador, artesão da palavra e de grande poder inventivo. Um homem que preza pela capacidade mental e não pela força bruta e truculência. A antítese do estereótipo do homem negro violento e estúpido.
O príncipe simboliza o senso de responsabilidade para com o seu povo, educação e liderança. Figura que se contrapõe ao negro irresponsável e imaturo. O caçador é zeloso e protetor para a sua coletividade, provendo-a de alimentos até curas. Esse arquétipo não admite o estigma do homem negro negligente. E por fim, o ferreiro como um sábio, conhecedor dos mistérios do mundo. Hostil à noção de incultos que carregamos.
Na diáspora encontramos exemplos masculinos poderosos no panteão religioso de matriz africana. Xangô encarna o senso de justiça, autoridade e poder. Oxalá o pai da
humanidade, representa paz, serenidade e superação. Não podemos esquecer de Zumbi dos Palmares, um personagem mítico-histórico, que representa a bravura e luta do homem negro pela sua coletividade.
E você tem orgulho de ser um homem negro? Por quê?
Autor: Henrique Restier
Redação do Africanize
Rigathi Gachagua acumulou um patrimônio de 5,2 bilhões de xelins (aproximadamente €35,96 milhões) em apenas dois anos
Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania discursou em evento paralelo do G20, promovido pelo Grupo de Trabalho de Economia Digital