Música
83 anos de Milton Nascimento: a voz que o Brasil aprendeu a chamar de casa
Ícone da música brasileira compartilhou registros raros e recebeu homenagens que reforçam sua importância histórica e emocional
Aos 83 anos, Milton Nascimento segue sendo mais do que um nome da música brasileira é um sentimento coletivo. Nesta terça-feira (26), o cantor e compositor celebrou o novo ciclo com fotos antigas, lembranças de estrada e uma enxurrada de homenagens de artistas e admiradores nas redes sociais.
Conhecido por sua voz celestial e pela capacidade de unir gerações, Milton publicou imagens raras de sua juventude, relembrando os primeiros passos de uma trajetória que atravessa seis décadas. Nos comentários, mensagens de carinho vieram de todas as partes: de anônimos que cresceram ouvindo Maria, Maria e Cais, a nomes consagrados como Djavan, Maria Rita, Iza, Emicida e Liniker, que descreveram o artista como “força vital da música brasileira”.
Nascido em 1942, em Rio de Janeiro, e criado em Três Pontas (MG), Milton ajudou a redefinir o som do Brasil. Com o Clube da Esquina, ao lado de Lô Borges, Beto Guedes, Tavito e tantos outros, construiu um movimento musical que uniu poesia, política e espiritualidade criando uma estética sonora que continua influente até hoje.
Sua discografia, marcada por obras como Minas (1975), Geraes (1976) e Caçador de Mim (1981), transformou-se em referência para artistas de todas as gerações. Mais do que composições, Milton deixou ensinamentos sobre afeto, coletividade e transcendência, temas que ecoam até nas novas vozes da música brasileira.
Mesmo após anunciar sua despedida dos palcos em 2022, com a turnê A Última Sessão de Música, o artista continua presente na cultura global. Sua obra segue sendo revisitada por intérpretes, cineastas e produtores de diferentes países , um sinal de que o som de Milton não envelhece: amadurece junto com o tempo.
As homenagens de 2025 reafirmam essa atemporalidade. Em uma das mensagens mais compartilhadas, a cantora Majur escreveu: “Milton é ancestral e futuro. A voz que nos ensina a sentir o Brasil com o coração.”
