Saúde
Remédio que retarda o Alzheimer pode chegar ao Brasil ainda este ano; saiba mais!
Donanemabe, já aprovado nos EUA, mostrou redução de até 35% no avanço da doença, mas alerta para efeitos adversos importantes.

A farmacêutica Eli Lilly and Company solicitou à Anvisa a aprovação do donanemabe, um medicamento que pode mudar o rumo do tratamento do Alzheimer no Brasil. Já autorizado nos Estados Unidos, o remédio reduziu o declínio cognitivo e funcional em até 35% em pessoas com sintomas iniciais da doença.
O donanemabe é a primeira terapia com tempo limitado de uso focada na eliminação da placa amiloide, proteína tóxica associada ao Alzheimer. A medicação funciona como uma espécie de imunoterapia: ela “ensina” o sistema imunológico a identificar e remover a beta-amiloide que se acumula no cérebro.
Segundo a Eli Lilly, 75% dos pacientes tratados conseguiram eliminar a proteína do cérebro com sucesso. No entanto, a farmacêutica alerta que o medicamento apresenta efeitos colaterais relevantes, o que requer acompanhamento cuidadoso.

Nos Estados Unidos, o uso está liberado para pacientes com comprometimento cognitivo leve (CCL) e diagnóstico confirmado da presença da proteína.
Pesquisa revela que pacientes negros levam mais tempo para receber diagnóstico
Mas enquanto o avanço da ciência traz novas esperanças, a desigualdade persiste: um estudo apresentado pela Sociedade Americana de Radiologia revelou que pacientes negros demoram, em média, de 5 a 6 anos a mais para receber diagnóstico de Alzheimer.
A pesquisa, feita com 1.699 pessoas entre 2018 e 2022, mostrou que pacientes negros receberam o diagnóstico aos 72,5 anos, contra 67,8 entre brancos e 66,5 entre latinos. A diferença reforça a urgência de políticas públicas que garantam acesso igualitário à saúde e ao diagnóstico precoce.