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A maioria das pessoas pretas das quais converso sempre narram conquistas grandiosas que o racismo estrutural faz parecer “bobeira”: comprar um tênis mais caro, viajar de avião para outro estado ou país, aumentar a qualidade de vida dos nossos familiares, etc. Os casos de racismo sofridos por Samantha em um voo da @voegoloficial e por Érica Malunguinho em uma das unidades da @lojakings refletem que pode até ter “pretos no topo”, mas, nem tanto.
Acredite, o racismo estrutural enquanto mecanismo, não aceita que nós pessoas pretas reivindiquem a reparação histórica que nos é devida: seja por meio do dinheiro, do status ou do conhecimento. De ser barrado em um avião sem NENHUMA explicação até ser impedido de comprar um tênis, o objetivo do racista é mandar uma mensagem de “você não é bem -vindo aqui”.
O problema é que esse país é NOSSO. Em cada shopping que abriga uma loja de marca, em cada aeroporto onde uma aeronave levanta voo, nas ruas e nas casas, em todo lugar existe SANGUE PRETO na construção do Brasil (literalmente ou metaforicamente). Não são um grupo de racistas que vão dizer o que vamos comprar ou como vamos viajar.
Nossa mão de obra financia uma nação, nossos ancestrais construíram uma terra, e hoje nós EXIGIMOS o que sempre foi nosso por direito. Seja qual for o item ou serviço que você pessoa preta considera como valor, certamente é merecido. Por isso, vamos continuar acolhendo os que sofrem racismo e cobrando o setor privado e público sobre as devidas respostas e esclarecimentos.
É pretos e pretas no topo e mais além. Não existe força no mundo, que vai impedir que isso aconteça.
Jornalista, redator publicitário e escritor. Mineiro de 31 anos, o profissional coleciona passagens por veículos como CNN e Casa Vogue, bem como campanhas assinadas para marcas como Chivas Reagal, Samsung, Sallve, Pepsi e Will Bank.
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