5 de fevereiro de 2025

Afri News

Polícia resgata cinco crianças e desmantela rede de tráfico infantil na Nigéria

Modus operandi do grupo incluía a alteração da identidade das vítimas logo após a conclusão da venda, dificultando identificação e rastreamento

• 03/02/2025
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Agentes do Comando Policial da Zona 2, em Onikan, no Estado de Lagos, resgataram cinco crianças vítimas de uma suposta rede especializada em tráfico infantil. O caso foi confirmado pelo Inspetor Geral Adjunto (AIG) da Polícia, Adegoke Fayoade, nesta segunda-feira (5).

As crianças resgatadas, com idades entre um e seis anos, eram quatro meninos e uma menina. Segundo Fayoade, a polícia recebeu uma denúncia de inteligência no dia 8 de janeiro sobre a atuação do grupo criminoso, que comprava e vendia recém-nascidos e crianças de diferentes idades.

De acordo com a investigação, a rede era composta por três pessoas com funções bem definidas: uma fornecedora das crianças, uma intermediária e cuidadora, e outra pessoa responsável por manter os menores até que fossem entregues aos compradores.

O modus operandi do grupo incluía a alteração da identidade das vítimas logo após a conclusão da venda, dificultando a identificação e rastreamento. Um dos casos identificados foi o de um menino de um ano que havia sido vendido ainda recém-nascido e, posteriormente, repassado a um casal residente na Itália.

Foto: Reprodução

Outro menino, de três anos, foi vendido em 2021 por ₦ 500.000 (cerca de R$ 1.600), enquanto uma criança de um ano foi entregue pela própria mãe biológica em setembro de 2024 para um comprador desconhecido. Essa criança foi posteriormente revendida por ₦ 1,5 milhão (aproximadamente R$ 4.800) e resgatada no dia 28 de janeiro na cidade de Owerri.

A polícia também prendeu uma suposta babá envolvida no esquema. Ela estava com um menino de um ano e uma menina de três anos sob sua guarda e alegou que as crianças haviam sido entregues por sua irmã, que mora nos Estados Unidos.

Foto: Reprodução

Além disso, um menino de seis anos foi encontrado com a principal suspeita do esquema, que admitiu ter comprado a criança por ₦ 800.000 (cerca de R$ 2.500) quando ele ainda tinha uma semana de vida.

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