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A cantora Normani, ex-integrante do grupo pop Fifth Harmony, abriu seu coração ao relembrar sua jornada como a única mulher negra na banda. Durante um evento em Los Angeles, promovido por Law Roach para o lançamento de seu livro, Normani falou sobre os desafios que enfrentou na indústria musical e como a moda se tornou sua forma de expressão.
Ao lado da atriz e cantora Keke Palmer, Normani destacou como, muitas vezes, sentiu-se "sozinha" durante sua trajetória no Fifth Harmony. "Como uma garota negra na indústria musical e também como mulher na sociedade, sempre ouvir que você não é o padrão de beleza ou que não era o suficiente foi muito difícil", afirmou Normani. Ela revelou que, diante dessa realidade, encontrou na moda uma maneira de ser vocal e afirmar sua identidade.
Normani explicou que, em muitos momentos, sentia que não recebia a atenção que merecia dentro do grupo. "Sempre que eu achava que não estava conseguindo papéis grandes o suficiente nas músicas, confiava na minha moda para falar por mim. Isso me salvou de muitas maneiras", confessou. Para ela, o estilo se tornou um canal de escape, onde conseguia se expressar de forma criativa, mesmo quando sua voz não era ouvida como desejava.
Foto: Getty Image
Sobre a transição para a carreira solo, após a separação do Fifth Harmony em 2018, Normani compartilhou que foi um processo rápido, mas significativo. "Tudo terminou tão rápido e em um nível muito alto", disse ela à revista People. No entanto, a cantora expressou sua gratidão pela oportunidade de finalmente poder fazer as coisas do seu jeito: "Por muito tempo, me senti escondida".
A cantora de R&B também abordou a questão da representatividade e de como sua experiência no grupo era única por ser a única mulher negra. "Não quer dizer que as meninas não queriam estar lá por mim, mas não acho que elas sabiam como fazer isso porque minha experiência era minha", explicou.
Normani, que vem lançando singles desde 2018, recentemente lançou o seu aguardado primeiro álbum solo, "Dopamine", em junho deste ano.