Cinema e TV
Morgan Freeman impediu cena no final de 'Um Sonho de Liberdade' que quase mudou tudo
Ator rejeitou sugestão do diretor para tocar gaita na cena final e manteve tom sóbrio que consagrou o filme como um dos mais emocionantes do cinema
O final de Um Sonho de Liberdade é considerado um dos momentos mais tocantes da história do cinema. O reencontro de Red (Morgan Freeman) com Andy Dufresne (Tim Robbins) na praia de Zihuatanejo, no México, se tornou um símbolo de esperança e redenção. Mas a cena icônica poderia ter tomado outro rumo, caso Morgan Freeman tivesse aceitado uma sugestão do diretor Frank Darabont.
Em entrevista recente ao Daily Mail, o ator revelou que foi contra a ideia de encerrar o filme tocando a gaita que Andy lhe entrega na prisão. A proposta era incluir o som do instrumento como um gesto simbólico na última sequência, mas Freeman achou a sugestão exagerada.
“Frank achou que eu deveria tocar aquela gaita que Andy me deu, e eu recusei. Achei meio idiota, meio clichê, meio desnecessário”, afirmou o ator, hoje com 87 anos.
A princípio, o longa terminaria com Red no ônibus, a caminho do México. Essa era a versão original do roteiro, que deixava o desfecho em aberto, sugerindo mas não mostrando o reencontro dos personagens. No entanto, após exibições-teste, o diretor decidiu filmar a cena final na praia, escolha que se revelou um acerto com o público.
Estreado em 1994, Um Sonho de Liberdade foi baseado em um conto de Stephen King e, apesar do desempenho modesto nas bilheteiras, se tornou um dos filmes mais celebrados da sétima arte. A atuação contida de Freeman e sua narração marcante contribuíram para eternizar a obra, hoje considerada cult.
A decisão do ator de manter o tom sóbrio no fim da narrativa mostra como escolhas sutis podem marcar profundamente a trajetória de um filme. Se a gaita tivesse soado naquele momento, talvez o impacto emocional da cena não tivesse sido o mesmo.
