30 de junho de 2025

Afri News

Leis antiaborto nos EUA mantêm mulher com morte cerebral viva por 3 meses para gestar bebê

Adriana Smith teve morte cerebral aos 6 meses de gravidez e foi mantida em aparelhos até o parto, mesmo com a oposição da família

• 18/06/2025
Thumbnail
Foto: Reprodução/X

Adriana Smith, enfermeira de 30 anos do estado da Geórgia (EUA), será oficialmente declarada morta nesta terça-feira (17), quatro dias após o nascimento de seu filho por cesariana de emergência. Ela teve morte cerebral em fevereiro, aos seis meses de gestação, devido a coágulos no cérebro, mas foi mantida viva artificialmente por três meses para permitir o desenvolvimento do feto, em um caso marcado pelas rígidas leis antiaborto do estado.

O bebê, batizado de Chance, nasceu prematuro na última sexta-feira (13), pesando cerca de 830 gramas, e permanece internado na UTI neonatal. Segundo a avó, April Newkirk, a família enfrentou a dor de ver Adriana ser mantida em suporte de vida contra sua vontade, por força da LIFE Act, legislação que proíbe o aborto na Geórgia após a detecção de batimentos cardíacos fetais.

Vídeo: Reprodução/X

“É difícil de processar. Eu sou mãe dela. Não deveria estar enterrando minha filha. Minha filha é quem deveria me enterrar”, desabafou April.

Neste fim de semana, Adriana completaria 31 anos. Além do recém-nascido, ela também deixa um filho de 7 anos. A avó alerta que Chance pode enfrentar sérias complicações de saúde: “Ele pode ser cego, não conseguir andar ou até mesmo ter dificuldades para sobreviver”.

Foto: Reprodução/X
TAGS: