Beleza
Grupo L’Oréal amplia prêmio de dermatologia e foca em pesquisas sobre pele e cabelo de pessoas negras, indígenas e transgêneras
Iniciativa pioneira da divisão de Beleza Dermatológica premiará quatro projetos com bolsas de R$50 mil cada

Com o compromisso de tornar a ciência mais representativa da diversidade brasileira, o Grupo L’Oréal no Brasil anunciou a segunda edição do Prêmio Dermatologia + Inclusiva, criado para apoiar pesquisas voltadas à pele e ao cabelo de pessoas negras, indígenas e transgêneras. A iniciativa, promovida pela divisão de Beleza Dermatológica, oferece quatro bolsas de R$50 mil a projetos científicos que avancem o conhecimento dermatológico sob uma perspectiva de equidade racial e de gênero.
A nova edição do prêmio amplia o escopo da primeira, lançada em 2024, que contemplava apenas estudos sobre pele negra. Agora, o foco é promover uma ciência que reflita a pluralidade do Brasil e combata lacunas históricas na área da saúde e da dermatologia.
“Acreditamos que a beleza deve ser refletida também na ciência. Expandir o escopo da premiação este ano é uma resposta direta às lacunas históricas de representatividade e uma forma concreta de apoiar pesquisadores que estão construindo uma ciência que reflita a realidade do nosso país”, afirma Nathalia Harnam, Diretora de Comunicação Científica do Grupo L’Oréal no Brasil.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha, em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e o grupo L’Oréal, 58% das pessoas negras brasileiras nunca foram ao dermatologista, contra 42% entre pessoas brancas. Esses dados revelam um cenário de desigualdade no acesso à saúde e na produção científica, que frequentemente ignora as especificidades da pele e do cabelo de corpos racializados.
Ciência que representa
Embora o Brasil seja um dos países mais diversos do mundo, 44% dos dermatologistas brasileiros afirmam não se sentir totalmente preparados para tratar todos os tons de pele e tipos de cabelo. O prêmio surge, portanto, como uma ferramenta concreta para estimular estudos inclusivos e ampliar o repertório da dermatologia.
Com 55 dos 66 tons de pele mapeados pela L’Oréal globalmente e todos os oito tipos de cabelo identificados, o Brasil é um verdadeiro mosaico humano. Entender essa pluralidade é também uma forma de reparação científica e social.
“Queremos estimular o avanço científico em direção a uma dermatologia mais representativa, que englobe todos os tons de pele, tipos de cabelo e identidades, refletindo a rica diversidade brasileira”, afirma Eduardo Paiva, Diretor de Diversidade, Equidade e Inclusão do Grupo L’Oréal no Brasil.
Premiação e inscrições
Os quatro projetos selecionados deverão se enquadrar nas áreas prioritárias da dermatologia: acne e pele oleosa, barreira cutânea, couro cabeludo e fibra capilar, e fotoproteção e hiperpigmentação. A seleção será feita por um júri composto por especialistas em dermatologia, equidade e diversidade, e o anúncio dos vencedores está previsto para março de 2026.
As inscrições estão abertas até 4 de dezembro de 2025 e podem ser feitas de forma gratuita pela plataforma oficial do prêmio: 👉🏾 cloud.crm.dermaclub.com.br/dermatologiamaisinclusiva
Podem participar pesquisadores e estudantes com estudos concluídos ou em fase de desenvolvimento. A premiação reconhece não apenas o mérito acadêmico, mas também o impacto social de iniciativas que tornam a ciência mais plural e conectada à realidade brasileira.