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Governo brasileiro revela estar trabalhando no resgate de Juliana Marins na Indonésia, enquanto família denuncia lentidão e risco de morte
Turista brasileira está presa há dias em um penhasco no vulcão Rinjani. Operação enfrenta desafios climáticos, logísticos e estruturais. Família cobra urgência: “Mais um dia sem resgate!”

O governo federal do Brasil confirmou nesta segunda-feira (23) que está atuando junto às autoridades indonésias para apoiar o resgate da brasileira Juliana Marins, desaparecida após sofrer um acidente no vulcão Monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia. A turista está presa há dias em um penhasco de difícil acesso, e o resgate tem sido comprometido por condições climáticas severas e terrenos extremos.
De acordo com nota oficial do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador do Brasil em Jacarta está em contato com os diretores das agências indonésias de busca e salvamento, além de acompanhar os trabalhos diretamente. Dois funcionários da embaixada foram deslocados até a região para acompanhar a operação in loco. Ainda segundo o Itamaraty, o ministro das Relações Exteriores também iniciou contatos com o governo da Indonésia para solicitar reforços no resgate.
Segundo informações das autoridades locais, Juliana foi localizada por um drone, “visualmente imóvel”, presa em uma encosta rochosa a cerca de 500 metros de profundidade. Equipes de resgate tentaram alcançar a vítima por escalada, mas enfrentaram saliências intransponíveis e neblina densa, que reduziram a visibilidade e aumentaram os riscos da operação. As equipes se viram obrigadas a recuar.
Uma reunião emergencial foi realizada com o governador da província de Sonda Ocidental, que sugeriu o uso de helicópteros como alternativa para o resgate aéreo, mencionando o período crítico de 72 horas, conhecido como “tempo dourado” para salvamentos em áreas selvagens. No entanto, a utilização de aeronaves depende de condições climáticas favoráveis e da avaliação técnica sobre o tipo de helicóptero adequado para a missão.
Enquanto isso, a família de Juliana usa as redes sociais para denunciar o que classifica como negligência das autoridades indonésias. Em cards amplamente compartilhados, os parentes afirmam que Juliana já está há três dias sem água, comida ou abrigo, e relatam que, mesmo conhecendo os desafios climáticos da região nesta época do ano, o resgate segue “sem estrutura, sem planejamento e sem competência”.
“Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência!”, diz uma das mensagens.
“O parque continua recebendo turistas normalmente, enquanto Juliana está precisando de socorro.”
As críticas se intensificaram após equipes de resgate, que estavam a apenas 350 metros da vítima, recuarem antes do anoitecer por falta de operação noturna.
Nas palavras da família, trata-se de “mais um dia sem resgate”, lema repetido em todos os apelos feitos à comunidade brasileira e às autoridades internacionais. Os familiares pedem mais agilidade, reforço de recursos e visibilidade urgente ao caso.