Cultura
Francisco Borges, 12 anos, lê até 10 livros por dia e defende ensino que valoriza a criatividade
Entre seus autores preferidos estão David Walliams e Jamie Smart

Com apenas 12 anos, o português Francisco Borges já devorou mais livros do que consegue contar. Em um dia tranquilo, lê até dez obras, e não se intimida com títulos como ‘O Silmarillion’, de J.R.R. Tolkien, ou ‘Morte Encenada’, de Agatha Christie. Seu perfil no Instagram já reúne mais de 1.100 seguidores, curiosos pelas resenhas afiadas e sugestões de leitura que ele compartilha com entusiasmo.
Natural de Oeiras, Francisco está no sétimo ano do ensino básico e é leitor desde que tinha dois anos, quando a mãe, a advogada Carla Varela, lia para ele antes de dormir. A paixão só cresceu. Hoje, a Biblioteca de Carnaxide é parada obrigatória todos os sábados, onde ele escolhe os livros que vai ler durante a semana.
Recentemente, uma lesão o afastou do futebol e do kickboxing, mas intensificou seu mergulho nos livros. Além de devorar páginas, Francisco é crítico do sistema educacional português. “Os professores não aceitam as opiniões dos alunos”, afirma.
Segundo ele, o ensino deveria valorizar a criatividade e não apenas repetir conteúdo. “Às vezes, estão só a escrever e a escrever e não perguntam nada. Isso acaba por estragar a magia”, lamenta. Ainda assim, já garantiu a aprovação para o oitavo ano, e segue apaixonado por História e Educação Física.

Entre seus autores preferidos estão David Walliams e Jamie Smart, mas seu repertório é eclético e abrangente. “Gosto de livros excitantes”, diz.