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Felca reflete sobre impacto do vídeo que expôs a “adultização” de crianças
Com mais de 45 milhões de visualizações, vídeo ‘Adultização’ transforma dor em mobilização nacional contra a exploração infantil nas redes
O criador de conteúdo Felca voltou a comentar o alcance do vídeo “Adultização”, publicado em agosto e que rapidamente se tornou um dos assuntos mais discutidos do país. O material, que denuncia a exploração e a sexualização precoce de crianças e adolescentes nas redes sociais, ultrapassou a marca de 45 milhões de visualizações em apenas dez dias e desencadeou uma onda de repercussões que foram muito além do universo digital.
A publicação mobilizou debates em escala nacional, movimentou parlamentares e chegou às pautas do Congresso. Dados da consultoria Quaest mostram que, nos dias seguintes à postagem, foram mais de 1 milhão de menções ao tema nas redes, com picos de mais de 15 milhões de interações por hora. O impacto levou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, a se comprometer a discutir projetos de lei que enfrentem a adultização infantil no ambiente virtual.
Felca, que não monetizou o vídeo, afirmou que o objetivo nunca foi ganhar com visualizações, mas sim chamar atenção para um problema urgente. Ele contou que a motivação surgiu após ouvir relatos de pessoas próximas que sofreram abuso na infância.
“Foi doloroso mergulhar nesse lamaçal”, declarou em entrevista ao Fantástico.
O conteúdo também reacendeu o debate sobre o papel social dos influenciadores. Para parte da imprensa, Felca mostrou que a internet pode ser espaço não só de entretenimento, mas também de responsabilização e denúncia. Em suas próprias palavras, o esforço emocional de produzir o vídeo foi recompensado pelo alcance coletivo da mensagem.
Mais do que um viral, “Adultização” se consolidou como um marco recente da discussão sobre infância, internet e responsabilidades compartilhadas, revelando a potência da comunicação digital quando usada para dar visibilidade a temas sensíveis.
