África
O Egito abre as portas do Grande Museu Egípcio, o novo guardião da história africana
Ao lado das Pirâmides de Gizé, o espaço abriga a coleção completa de Tutankhamon, mais de 5 mil artefatos reunidos pela primeira vez
Após mais de duas décadas de planejamento, obras e expectativas, o Grande Museu Egípcio (GEM) finalmente abriu as portas ao público, tornando-se o maior museu do mundo dedicado a uma única civilização. Localizado a poucos metros das Pirâmides de Gizé, o espaço marca uma nova era para a preservação da história africana e para o turismo cultural global.
Com um investimento estimado em 1 bilhão de dólares, o GEM abriga mais de 100 mil artefatos que atravessam milênios da civilização egípcia, do período pré-dinástico à era greco-romana. O destaque é a coleção completa de Tutankhamon, composta por cerca de 5.400 peças exibidas juntas pela primeira vez na história. Entre elas, estão o trono dourado, o sarcófago, a icônica máscara funerária e objetos pessoais do jovem faraó.
A imponência começa logo na entrada, com a estátua colossal de Ramsés II, de 11 metros de altura e 83 toneladas, que domina o átrio principal. O design moderno, assinado pelo escritório irlandês Heneghan Peng Architects, conecta o presente e o passado por meio de uma estrutura de vidro e pedra translúcida que se alinha geometricamente às pirâmides de Gizé.
Além de um feito arquitetônico, o museu representa um símbolo de orgulho nacional. Para o governo egípcio, o GEM é uma peça-chave na estratégia de fortalecer o turismo e reposicionar o Egito como epicentro da cultura africana. A expectativa é que o museu atraia milhões de visitantes por ano, movimentando a economia e revitalizando a identidade cultural do país.
Mais do que um espaço de exibição, o Grande Museu Egípcio é um ato de reparação histórica, um lembrete de que o Egito, parte essencial da África, segue sendo uma das maiores referências de inovação, arte e espiritualidade do mundo antigo.




