Política
Família de Martin Luther King se pronuncia após Trump ordenar que os arquivos do assassinato se tornem público
Trump determinou que as autoridades apresentem um plano para divulgar os arquivos de King em até 45 dias
A família do reverendo Dr. Martin Luther King Jr. se pronunciou oficialmente após a ordem executiva do ex-presidente Donald Trump para a desclassificação dos arquivos do governo sobre o assassinato do líder dos direitos civis. A decisão, anunciada pela Casa Branca, inclui também a liberação de documentos relacionados aos assassinatos do ex-presidente John F. Kennedy e de seu irmão, o ex-senador Robert F. Kennedy.
Trump determinou que as autoridades apresentem um plano para divulgar os arquivos dos Kennedy em 15 dias e os de King em até 45 dias. Segundo a Casa Branca, a medida faz parte de um compromisso de campanha de Trump para trazer “a verdade aos americanos”, mas os reais objetivos políticos da decisão ainda não estão claros.
Poucas horas após o anúncio, a família King divulgou um comunicado reconhecendo a decisão e expressando o desejo de revisar os documentos antes que sejam tornados públicos. A declaração, compartilhada pela filha de King, a reverenda Bernice King, enfatizou o impacto pessoal da perda do líder dos direitos civis. “Para nós, o assassinato de nosso pai é uma perda familiar profundamente pessoal que suportamos ao longo dos últimos 56 anos”, afirmou.
O assassinato de Martin Luther King Jr., ocorrido em 4 de abril de 1968, continua sendo um dos mais investigados e debatidos da história dos Estados Unidos. Na véspera de sua morte, King fez um discurso marcante no Mason Temple, em Memphis, onde apoiava a greve de trabalhadores negros do setor de saneamento por melhores condições de trabalho e remuneração. Sua morte gerou teorias que apontam desde uma conspiração do governo até premonições em seus próprios discursos.