Saúde
Fala de Tarcísio sobre metanol gera críticas enquanto mortes por intoxicação crescem
Governador minimiza relação com facções e ironiza falsificações: “Quando começarem a falsificar Coca-Cola, eu me preocupo.”
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou a criação de um gabinete de crise para acompanhar os casos de intoxicação por metanol registrados no estado. O surto de contaminações, ligado ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, já provocou diversas internações e mortes nas últimas semanas.
Durante coletiva de imprensa, Tarcísio negou qualquer ligação entre os crimes e o PCC (Primeiro Comando da Capital), hipótese levantada por parte da imprensa. Segundo ele, a prioridade do governo é identificar a origem da adulteração e conter o avanço dos produtos falsificados no mercado.
Em tom irônico, o governador afirmou que só se preocuparia “quando começarem a falsificar Coca-Cola”, minimizando a proporção do problema em relação à falsificação de bebidas alcoólicas. A fala, que gerou críticas nas redes sociais, foi seguida por um comentário de que ele “não costuma consumir álcool” e, portanto, não se arriscaria a fazer análises técnicas sobre o tema.
Apesar da declaração polêmica, o governo paulista informou que empresas do setor de bebidas estão colaborando com as investigações e que a Polícia Civil mantém uma força-tarefa para rastrear os pontos de venda e apreender produtos suspeitos.
O metanol, também conhecido como álcool metílico, é uma substância altamente tóxica usada em produtos industriais, como solventes e combustíveis. Quando ingerido, pode causar cegueira, falência múltipla dos órgãos e morte, mesmo em pequenas quantidades. As autoridades reforçam o alerta para que a população evite o consumo de bebidas de origem duvidosa e denuncie estabelecimentos suspeitos.




