Gastronomia Periférica é finalista do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade
Cerimônia da premiação acontecerá no dia 9 de novembro, em Gramado, na Serra Gaúcha
A deputada estadual Verônica Lima, autora da Lei 10.483/2024, celebra a relevância do Dida Bar na construção da identidade de uma gastronomia afro-carioca autêntica.
Fundado em 2015 na Zona Norte do Rio de Janeiro, o Dida Bar e Restaurante alcançou um marco importante ao ser oficialmente reconhecido como Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial do Estado. Essa conquista foi possível graças à Lei 10.483/2024, de autoria da deputada Verônica Lima, que foi sancionada pelo Governo do Estado e publicada no Diário Oficial.
“O Dida Bar é um espaço de resistência cultural e de afirmação da identidade negra! Ele se transformou em um símbolo da preservação das tradições afro-brasileiras em um cenário que muitas vezes marginaliza ou invisibiliza essas contribuições. Reconhecê-lo como Patrimônio é um ato de justiça”, ressalta a deputada Verônica Lima.
O Dida Bar vai além de sua proposta gastronômica. Sob a liderança da chef Dida Nascimento, o local se destaca por sua valorização e preservação da cultura afro-brasileira, com ênfase na culinária de origem africana e em suas influências profundas na gastronomia brasileira.
"Como uma empresa familiar, foi uma grande surpresa e emoção para todos nós receber tal reconhecimento. É fruto de muito trabalho e luta. Quando recebemos esse tipo de homenagem, isso nos dá ainda mais força para continuar. Enfrentamos vários desafios ao longo do caminho, começando com a gastronomia africana, que na época não era muito presente no Rio. Fomos pioneiros, sobrevivemos à pandemia, e hoje o patrimônio construído permite que o Dida se envolva em outros projetos de apoio e incentivo.", comenta Matheus Buka, filho da Chef Dida.
A história do bar está intimamente ligada às raízes da chef Dida, que herdou uma rica tradição culinária e cultural de sua mãe, Tia Maria, conhecida por comandar um bar que promovia rodas de samba acompanhadas de angu à baiana na Pavuna, Zona Norte do Rio. Além disso, o pai de Dida era pesquisador de culturas africanas, o que trouxe uma perspectiva ainda mais ampla à proposta do restaurante.
Muito mais do que um local de alimentação, o Dida Bar também se consolidou como um ponto de encontro para discussões sociais, manifestações artísticas e iniciativas ligadas à luta antirracista e à promoção da cultura negra. Sua recente declaração como Patrimônio Imaterial reforça a importância não só de preservar o espaço físico, mas de perpetuar a memória e as tradições que ele representa para o estado do Rio de Janeiro.
Redação do Africanize
Cerimônia da premiação acontecerá no dia 9 de novembro, em Gramado, na Serra Gaúcha
Cardápio do novo chefe de cozinha trará receitas inspiradas na Bahia e no Rio de Janeiro
No dia 25 de novembro, o Brasil celebra o "Dia Nacional da Baiana de Acarajé", uma data especial dedicada a homenagear as mulheres que desempenham um papel fundamental na preservação e disseminação da rica cultura e tradição afro-brasileira, especialmente na região da Bahia.