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André luta pela inclusão de mais profissionais pretos e periféricos no mundo corporativo
De família pobre, nascido no bairro dos Pimentas, zona periférica da cidade de Guarulhos, André Menezes é Gerente de Programas da maior plataforma de streaming do mundo: a Netflix. Além disso, é Mestre em Artes Liberais com foco em Administração por Harvard. Quando criança, seus pais tinham como principal sustento uma locadora de filmes, mas com a evolução da indústria cinematográfica e a chegada das novas tecnologias, viram o negócio falir e precisaram arrumar outras formas para sobreviver. Assim como a história de André e de sua família, a própria gigante dos streamings um dia também foi uma locadora de DVDs. Hoje, quando André olha para trás, vê que sua trajetória dentro do mundo tech também foi marcada pela evolução do mercado audiovisual.
“Quando olho para a minha história, vejo que a tecnologia foi uma das principais ferramentas para mudar a minha vida e da minha família, tanto para bem quanto para o mal, sem contar o fato de hoje estar atuando na maior empresa de tecnologia e streamings do mundo, que foram fatores que também contribuíram para o fechamento do negócio da minha família e a minha ida para a feira livre” , reflete André ao analisar sua trajetória dentro do mundo tech.
Antes de chegar à Netflix, André já trabalhou em outros setores, como o de turismo, no qual tem formação, mas foi graças a sua curiosidade em resolver problemas técnicos dentro das agências de viagens que despertou o interesse pelo mundo dos softwares e hardwares, o que o levou também a fazer uma pós-graduação em TI e decidir migrar de vez para esse setor.
“Comecei a minha carreira no mundo corporativo em uma agência de viagens como estagiário, na BCD Travel, na qual trabalhei por quase 10 anos e, galgando alguns cargos, fui conhecendo mais sobre TI e foi nesta época que fiz minha transição definitiva de carreira, por volta de 2017. Depois dessa agência, cheguei a prestar serviços também para a Google por um ano, através de uma empresa terceirizada. Depois da Google, trabalhei na SAP SE, uma empresa alemã de softwares; depois na Zendesk, empresa focada na qualidade do atendimento ao cliente; posteriormente no Nubank, maior banco digital do mundo e, finalmente, Netflix.”
Na contramão da falácia da meritocracia
Mesmo trabalhando em grandes empresas líderes em seus mercados, André sabe muito bem que contou muitas das vezes com a própria sorte e resiliência para seguir, pois para um jovem preto e periférico, os caminhos acabam se tornando ainda mais desafiadores do que parecem com a falta de oportunidades.
“Quando meus pais faliram, precisei trabalhar na feira livre para botar dinheiro em casa. Era uma rotina extremamente desgastante, porém eu sabia que somente a educação poderia mudar a minha vida. Neste período, investiu também no inglês e isso me ajudou a abrir muitas portas, até mesmo para entrar no mercado de trabalho e conseguir a minha aprovação em Harvard” , lembra.
Hoje, André luta pela inclusão de mais pessoas pretas e periféricas dentro das grandes corporações e acredita que isso só será possível quando as empresas entenderem que diversidade é bom para os negócios.
“Não adianta dizer no LinkedIn que sua empresa é diversa sem de fato ter um time composto por pessoas que representam essa parcela da população - no Brasil, cerca de 56% da população se autodeclara negra ou parda, segundo o último censo do IBGE, em 2022. Além disso, é preciso frisar: essas pessoas também precisam ocupar cargos de liderança, pois estes postos continuam, majoritariamente, sendo ocupados por pessoas brancas” , finaliza.
Redação do Africanize
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