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Rigathi Gachagua acumulou um patrimônio de 5,2 bilhões de xelins (aproximadamente €35,96 milhões) em apenas dois anos
Esta é uma pergunta que me parece apropriada, visto que, em geral, o masculino negro não é debatido com a dimensão que mereceria no espaço público. Se nos estudos de Homens e Masculinidades os homens negros aparecem usualmente racializados como um mero recorte, nos estudos de Relações Raciais eles surgem diluídos em negros, ou pessoas negras, raramente generificados como homens.
Esse “não-lugar” faz com que nossa aparição seja permeada de clichês e estereótipos: o bandido, o moleque, o bêbado, o pervertido, o ignorante, o abandônico, o opressor, etc. O homem negro é aquele ser ambíguo, pois, se por um lado ele é homem, e, logo, receberia dividendos patriarcais por essa condição, por outro, é negro, sendo interditadas muitas dessas prerrogativas masculinas. O racismo com suas barreiras artificiais, impede que os homens negros possam desempenhar papéis de relevância na sociedade brasileira, tal qual os homens brancos.
Situação delicada, uma vez que nos coloca em um lugar de homens sem tantos poderes de homens assim, isto é, homens emasculados socialmente. Na verdade, parece que a masculinidade e negritude potencializam nossa vulnerabilidade, fazendo com que sejamos o grupo social com o menor acesso ao direito mais básico de todos: o direito à vida. Em suma, o patriarcado não é um sistema que beneficie todos os homens, apenas uma pequena parte. Então, onde se encontra o homem negro?
Em diversos lugares, apesar do panorama apresentado, existem milhões de homens negros que não se enquadram nas premissas e representações negativas perpetradas pela branquitude, e que lutam por sua sobrevivência todos os dias.
Percebo e participo de redes de homens negros conscientes de seu papel na luta antirracista, sobrepujando estereótipos introjetados e reafirmando essa luta em outros termos, como pais presentes, filhos amorosos, irmãos cuidadosos, maridos dedicados, profissionais competentes e homens seguros de si, em toda a sua complexidade humana.
Esse é um dos lugares favoritos que vejo esses homens e quero ver cada vez mais.
E para você, como é ser um homem negro no Brasil?
Texto Por : Henrique Restier
Redação do Africanize
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