Anvisa retira a obrigatoriedade do uso de máscaras nos aeroportos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) retirou nesta quarta-feira, 1º, a obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e voos realizados no Brasil. Em votação unânime, Daniel Pereira, um dos diretores da agência e relator da proposta, enfatizou que a decisão foi tomada graças ao atual cenário epidemiológico, com a redução de casos e internações por covid-19. 

Apesar do voto favorável ao fim da obrigatoriedade das máscaras, o diretor Alex Campos defendeu que o uso da proteção facial continua sendo de grande importância no combate à pandemia de covid-19. A diretora Meiruze Freitas também ressaltou que a vacinação contra a COVID-19 continua sendo a melhor ferramenta contra o vírus e que as máscaras continuam sendo recomendadas para pessoas vulneráveis. Meiruze também não descartou uma eventual mudança no cenário epidemiológico, o que poderia fazer com que a Anvisa retomasse a exigir o uso das máscaras. 

Na semana anterior ao carnaval, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo enviou uma carta ao presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, criticando a obrigatoriedade das máscaras de proteção em voos e aeroportos. Segundo Gallo, não há evidência científica de que o uso de máscaras de forma banalizada e disseminada na comunidade tenha algum impacto [sobre a transmissão da covid-19]”. 

Os argumentos do presidente do CFM impulsionaram figuras da ala bolsonarista a criticar o uso obrigatório das máscaras imposto pela Anvisa, como o pastor da igreja evangélica Assembleia de Deus, Silas Malafaia, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente.