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Levantamento feito em parceria com o Equidade.Info ouviu alunos, professores e gestores de escolas públicas e privadas de todas as regiões do país.
Uma pesquisa inédita do Observatório Fundação Itaú, em parceria com o Equidade.Info, traz um retrato sobre o clima escolar, as práticas de racismo e os conflitos nos estabelecimentos de ensino das redes pública e privada no Brasil. Segundo o levantamento, a sensação de acolhimento dos alunos nas escolas diminui ao longo das etapas de ensino. Professores e alunos têm percepções diferentes sobre agressividade e indisciplina nas escolas. A percepção sobre o racismo varia conforme a raça/cor do docente, e, embora a maioria das escolas tenha protocolos, pouco mais da metade conta com o apoio das secretarias de ensino no enfrentamento do problema.
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o índice de acolhimento é de 86%. No Ensino Médio, o índice cai para 71%. Alunos percebem mais indisciplina que professores nas escolas. 54% dos professores reconhecem casos de racismo entre estudantes. 21% dos professores brancos não sabem lidar com o problema.
O estudo traz dois recortes de análise: Clima Escolar, do qual participaram 144 escolas, 2.706 alunos, 384 docentes e 235 gestores ouvidos entre março e abril deste ano; e Enfrentamento ao Racismo, com dados colhidos entre abril e maio de 2024, com 160 escolas, 2.889 alunos, 373 docentes e 222 gestores. As margens de erro variam por ator e por onda em função das diferentes amostragens. Com 95% de confiança nesta pesquisa, elas são: 19 p.p. (alunos), 5 p.p. (docentes) e 64 p.p. (gestores) para o recorte Clima Escolar e 18 p.p. (alunos), 5 p.p. (docentes) e 65 p.p. (gestores) para Enfrentamento ao Racismo.
“Buscamos entender como os estudantes se sentem no cotidiano escolar e como se caracteriza esta percepção entre alunos, professores e gestores das escolas”, explica Esmeralda Macana, coordenadora do Observatório Fundação Itaú. “A produção destas evidências nos permite observar como as relações raciais atravessam o cotidiano das escolas brasileiras e aponta para a importância de práticas que promovam o acolhimento e valorizem a diversidade”, observa.
“Pelos resultados, fica evidente, por exemplo, que uma oferta maior de formação dos gestores escolares e professores é um dos principais caminhos no enfrentamento ao racismo, uma vez que auxilia a comunidade escolar a reconhecer e acompanhar os problemas desta natureza, bem como planejar ações preventivas”, completa ela.
“Os resultados mostram a importância de ouvir alunos, professores e gestores diretamente no chão de escolas de todo o Brasil. Com uma amostra representativa do Ensino Básico brasileiro – e importante canal de escuta da comunidade escolar no país – conseguimos coletar informações de forma rápida e confiável, mesmo sobre temas sensíveis como pertencimento, racismo e medidas de enfrentamento”, diz Bruno Gomes, Diretor Executivo do Equidade.Info. “Esperamos que essa importante pesquisa do Observatório Fundação Itaú contribua para políticas públicas mais informadas, capazes de promover trajetórias mais inclusivas para todos os estudantes”, completa.
Redação do Africanize
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