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Atleta Paralímpica de lançamento de dardo tem rotina intensa de treinos e da preparação para conquistar vaga nas paraolimpíadas de 2024.
Mergulhamos na vida da atleta paralímpica Raissa Machado , recordista das América e medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio de 2020. Em entrevista compartilhou sobre sua rotina intensa de treinos de preparação para o Mundial de Atletismo no Japão , que ocorrerá agora em maio deste ano. Essa é a primeira etapa e a mais importante para conseguir uma vaga nas paraolimpíadas de 2024.
Raissa revela que começou a competir aos 14 anos, mas nunca havia passado por sua mente tornar-se atleta; seu verdadeiro sonho era ser Delegada Federal. Somente alguns anos depois, em 2015, começou a dedicar-se ao esporte. Ela afirma que o esporte a escolheu. Tudo mudou quando participou dos Jogos Paralímpicos de 2016 e ficou em 6º lugar. A derrota serviu de estímulo para perceber que o esporte poderia ser uma oportunidade de mudança de vida para ela e sua família. A caminhada nem sempre foi fácil; no início, não aceitava sua deficiência, sentia-se inferior e alisava o cabelo para se adequar à sociedade.
A paixão pelo dardo surgiu por meio do incentivo de um treinador em 2010. Ela descobriu que teria muitas oportunidades e vantagens ao dedicar-se a essa modalidade, uma vez que sua má formação congênita nos membros inferiores proporciona uma facilidade na adaptação para qualquer esporte que deseja praticar.
"O dardo traz um empoderamento feminino, uma sensação de mulher guerreira. É algo muito além do esporte; eu digo que quando estou lançando, me sinto como Xena, uma guerreira", disse a atleta.
Desde o início, enfrentou obstáculos, mas nunca permitiu que suas circunstâncias a definissem. Nascida e criada em Ibipeba - Bahia, filha de faxineira e com condições financeiras desfavoráveis, enfrentou desafios. No entanto, foi a luta contra a falta de aceitação de sua deficiência e o sentimento de ser diferente que a deixou emocionalmente abalada por muito tempo. Durante suas primeiras experiências de viagens esportivas, ao observar pessoas com deficiências mais severas sorrindo, felizes e alcançando seus objetivos, ela percebeu uma nova perspectiva. No entanto, o apoio psicológico foi o fator determinante para superar os desafios e momentos difíceis como a depressão.
O caminho para o Campeonato Mundial Paralímpico no Japão não tem sido fácil. A rotina tem sido exaustiva, com horas incansáveis de treinamento, aprimorando suas habilidades e refinando suas técnicas diariamente, exigindo não só do físico, mas também do mental. Cada desafio está sendo encarado como uma oportunidade de crescimento, determinação e aprendizado, com o apoio inabalável de sua família, treinadores e equipe de apoio.
"O meu foco agora é ir para o mundial e me preparar muito fisicamente e mentalmente independentemente da cor da medalha, mas também vou atrás da vaga das Paraolimpíadas; esse é o foco. Diariamente, é academia, todos os dias é treino para aperfeiçoar o lançamento, para acertar detalhes. Chega até a não ser um treino saudável porque todos os dias estamos ultrapassando nossos limites. O que eu priorizo hoje é não me lesionar, porque isso pode custar uma medalha", conta Raissa.
Para lidar com a pressão do momento que vem do Brasil por esperar uma medalha, do técnico e até mesmo da autocobrança por resultados, a terapia é uma forte aliada para atravessar esse momento com leveza, o que às vezes nem sempre é possível, uma vez que é a competição mais importante do ano.
Ao longo dessa caminhada do seu processo de autoconhecimento, ela se reconhece como uma mulher negra, cadeirante, cacheada, atleta, influenciadora e agora se prepara para ser palestrante. Nunca pensou que sua voz pudesse chegar tão longe e ser inspiração para outras pessoas e sabe bem da responsabilidade dessa representatividade.
"Eu quero levar para as pessoas que elas podem ser o que quiserem, independente de sua cadeira ou de sua cor; você só precisa se aceitar como é de verdade", afirma.
Com a família morando em Uberaba e ela em São Paulo; os encontros acontecem a cada dois ou três meses nas folgas prolongadas. Mas o apoio não falha, sempre estão presentes, nem que seja por telefone. Hoje, a atleta conta com uma equipe formada por psicóloga, assessora, treinadores e filmaker, que acabam sendo sua rede de apoio no dia a dia.
A vida de um atleta de alto rendimento exige 100% de seu comprometimento e disciplina dentro e fora do campo. Nas horas vagas, nos finais de semana, Raissa curte se arriscar dançando nas redes sociais, cria seus conteúdos e, como uma boa taurina, gosta de ficar em casa, dormir e comer. Leva uma rotina regrada, sabendo que precisa ter muita responsabilidade para voltar à rotina na segunda-feira.
Quando questionada sobre seus planos futuros, revela que todo seu foco está em trazer a medalha para o Brasil, independentemente da cor, trazer visibilidade para o esporte paralímpico, focar em ser uma palestrante e também falou do desejo de ser mãe.
"Para um futuro próximo, estou pretendendo ter um filho. Não sei se será agora, depois das paraolimpíadas, ou um pouco mais para frente", revela Raissa.
Estamos ansiosos para testemunhar a bravura e a excelência de Raissa Machado neste mundial. Que sua jornada inspire outros a acreditar em si mesmos e a perseguir seus sonhos, além dos desafios que possam enfrentar. Estamos torcendo por você e sabemos que representará o Brasil com dignidade, coragem e paixão.
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