África
Promessa do futebol senegalês é morta após cair em golpe de falso clube no Gana
Cheikh Touré, de 18 anos, foi sequestrado e assassinado depois de ser atraído por uma proposta fictícia de teste em time estrangeiro
O futebol africano amanheceu de luto com a morte de Cheikh Touré, jovem goleiro senegalês de 18 anos, que foi enganado por falsos olheiros, sequestrado e brutalmente assassinado no Gana, após ser atraído por uma proposta de teste fictícia em um clube do país.
O governo do Senegal confirmou que Touré foi vítima de um golpe e uma extorsão orquestrados por uma rede de recrutadores falsos que se aproveitam do sonho de jovens jogadores em busca de oportunidades no exterior. O anúncio da investigação formal foi feito na segunda-feira (20), dois dias após a divulgação da morte do atleta.
Segundo informações da polícia ganesa, Cheikh Touré chegou a ser levado a um hospital na cidade de Kumasi na última quinta-feira, com graves ferimentos abdominais provocados em circunstâncias ainda não esclarecidas. Um homem que se apresentou como Issah, alegando ser irmão da vítima, afirmou que o jovem havia se envolvido em um acidente.
“No entanto, os registros do hospital indicam que a vítima já estava morta ao chegar”, diz o comunicado oficial da polícia.
As autoridades de Gana investigam agora a participação de Issah e de outros suspeitos ligados ao grupo criminoso responsável pela emboscada. O Ministério do Esporte do Senegal classificou o caso como “um ato bárbaro nascido da enganação e da exploração dos sonhos juvenis” e afirmou estar colaborando com as autoridades ganesas para responsabilizar os envolvidos.
Cheikh era reconhecido por sua dedicação, disciplina e talento em campo, e era considerado uma das apostas do futebol senegalês. Sua morte deixa um alerta doloroso: enquanto o continente exporta sonhos, redes criminosas seguem explorando a esperança de quem acredita no poder do esporte. senegalês, conhecido por sua dedicação e talento em clubes locais. Sua morte gera comoção e reforça o alerta a famílias e atletas sobre a necessidade de verificar a autenticidade de propostas internacionais, especialmente em um continente onde o talento é abundante, mas a proteção ainda é escassa.
