Política
Plano Las Vegas: governo do Rio quer transformar a capital em polo de jogos de azar
Projeto prevê até 200 mil máquinas de apostas eletrônicas e promete geração de empregos, mas enfrenta críticas e resistência política
O governo do Rio de Janeiro lançou o chamado “Plano Las Vegas”, um projeto ambicioso que pretende transformar a capital fluminense em referência para jogos de azar físicos. A proposta se apoia em uma brecha da legislação federal que regulamentou apostas no país, permitindo que estados emitam licenças próprias.
Segundo o plano, poderão ser instaladas até 200 mil máquinas eletrônicas (conhecidas como VLTs – terminais de videoloteria) em locais estratégicos como hotéis, clubes e prédios históricos. Diferente dos cassinos tradicionais, esses equipamentos funcionariam como versões digitais das raspadinhas, com prêmios pré-determinados.
O governo fluminense estima que o projeto possa gerar até 65 mil empregos diretos e indiretos, além de ampliar a arrecadação de impostos. A iniciativa também é vista como forma de movimentar o turismo e impulsionar a economia local.
O prefeito Eduardo Paes vetou a concessão de alvarás para funcionamento das máquinas em determinadas áreas da cidade, argumentando que falta regulamentação e controle adequados. O debate jurídico segue em aberto. Embora a lei federal permita apostas físicas, especialistas afirmam que ainda falta regulamentação detalhada, o que pode levar o tema ao Supremo Tribunal Federal.
