Grammy Latino: confira a lista de vencedores da edição de 2024
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Em maio, a artista lança o álbum "Taurus Vol.2", continuação de disco lançado em 2023
Ainda que precise lidar com “99 problemas”, como Duquesa canta no hit homônimo, a lista de virtudes também é extensa. Não lhe faltam talento, carisma e criatividade. Tanto que a cantora, de 24 anos, natural de Feira de Santana, na Bahia, lança, em maio, o terceiro álbum, “Taurus vol.2”.
“Encaro uma personagem bruta e durona porque sou minoria no meio, mulher e nordestina, e preciso sempre estar me impondo”, diz ela, Jeysa Ribeiro na certidão de nascimento.
Em 13 faixas autorais e feats com Baco Exu do Blues e Urias, o trabalho transita entre o R&B e trap e traz inspirações de fora, como o norte-americano Tyler, The Creator. “Tem músicas mais ‘gangster’, confrontando tudo, como outras mais dançantes. Minha meta é fazer shows com balé e figurinos que impactem meus fãs.”
Com 18 milhões de visualizações no YouTube, Duquesa fica cada vez maior ao trazer um olhar otimista sobre sua existência. “Gosto de falar de autoestima. Quando comecei, tinha músicas tristes, que traziam muita dor. Hoje, canto para elas se sentirem as mulheres mais poderosas do mundo”, explica.
Diante do movimento de expansão do rap feminino, Duquesa vê a vida melhor no futuro. “Nós, mulheres, vamos dominar tudo. A virada de 2023 foi revolucionária e a tendência é só crescer. Os caras só faziam música juntos, era um meio muito machista. Então, começamos a fazer o mesmo”, analisa a artista, que já cantou com as gêmeas Tasha&Tracie, Ajuliacosta e MC Luanna.
Duquesa conheceu o rap em casa. “Meu pai sempre trazia DVDs de música. Um dia, ele comprou uma coletânea de hip hop e fiquei fascinada com ‘Vida Loka pt. 1’ do Racionais”, lembra. É justamente o filho de Mano Brown, o produtor Kaire Jorge, quem investe hoje na carreira da jovem. “Duquesa é essa artista que consegue fazer a cena respirar, vai além, é muito versátil e criativa”, elogia Kaire.
E por que Duquesa? “É quem eu sou nos palcos. O nome surgiu na minha primeira gravação, aos 15 anos, um pouco inspirado na minha mãe, que sempre foi elegante.” Formou.
Redação do Africanize
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