Política
Nova York desafia governo Trump e se recusa a encerrar políticas de diversidade nas escolas públicas
Estado e cidade rejeitam ameaças federais de corte de verbas e mantêm compromisso com equidade e inclusão educacional
O Estado de Nova York anunciou que não irá acatar a exigência do governo Trump de encerrar práticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) nas escolas públicas. A recusa ocorre mesmo diante da ameaça de corte de verbas federais essenciais, como os recursos do Título I, destinados a instituições de ensino em comunidades de baixa renda.
A diretriz federal, divulgada na última quinta-feira (4), deu prazo de dez dias para que todas as escolas de educação básica do país certificassem o fim de programas considerados “discriminatórios” pelo governo, sob pena de perderem financiamento.
“O governo federal está interpretando de forma equivocada a legislação de direitos civis e não tem autoridade para impor tais condições”, escreveu em carta oficial. “Já declaramos conformidade com o Título VI da Lei dos Direitos Civis de 1964 e não há necessidade de nova certificação baseada em premissas legais falhas.”
Nos últimos dias, milhares de pessoas de mais de 1.200 cidades dos Estados Unidos, incluindo Nova Iorque, se manifestaram nas ruas contra os recentes ataques de Trump contra grupos sociais e a ‘guerra das taxas’ impostas sobre outros países.
✊🏾 A cidade de Nova York, que abriga o maior sistema público de ensino dos Estados Unidos, reforçou que seguirá comprometida com ambientes escolares inclusivos e representativos. Com 70% de sua população estudantil formada por crianças negras e latinas, a cidade tem investido em iniciativas como o programa Equity and Excellence for All, que busca reduzir desigualdades históricas, aumentar a representação racial nas escolas e integrar plenamente estudantes com deficiência e aprendizes de inglês.
