• 03-12-2024

Delação premiada de ex-policial militar traz novos desdobramentos no caso do assassinato da vereadora carioca

A investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes ganhou um novo fôlego após a delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz. Preso desde março de 2019, acusado de dirigir o carro usado no crime, Élcio confirmou sua participação e apontou outras pessoas como co-participantes da ação que levou à morte da vereadora carioca. 

 

Entre as confirmações feitas por Élcio está a participação do ex-bombeiro Maxwell no crime. Ele seguia os passos de Marielle, desfez-se de armas e levou o carro utilizado no crime para desmanche. Além disso, foi apontado que Ronnie Lessa, que possui uma foto com Jair Bolsonaro e é supostamente o pai do namorado da filha do ex-presidente, foi o responsável pelos disparos que mataram Marielle e Anderson. 

 

 

Maxwell auxiliou tanto antes como depois do crime, sendo responsável pela manutenção e guarda do carro utilizado, além de vigiar a vereadora. Após o assassinato, ele ajudou os executores a trocar as placas do veículo e contatou a pessoa que se desfez do carro. Ele também auxiliava na manutenção da família de Élcio, tornando-se cúmplice na tentativa de encobrir o crime. 

 

Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, o superintendente regional da Polícia Federal, Leandro Almada da Costa, afirmou que a investigação conseguiu determinar com precisão os eventos do dia 14 de março de 2018. 

 

Desde a coletiva do Ministro da Justiça Flavio Dino, bolsonaristas têm questionado os métodos da Polícia Federal e propagado a tag “Celso Daniel” no Twitter.