África
Gana estuda candidatura conjunta com Nigéria e Costa do Marfim para sediar uma Copa do Mundo da FIFA
Declaração do ministro Kofi Adams projeta protagonismo africano nos megaeventos esportivos
A possibilidade de ver a Copa do Mundo da FIFA retornar ao continente africano ganhou força nesta semana após uma declaração do ministro dos Esportes de Gana, Kofi Adams. Segundo ele, o país avalia uma candidatura conjunta com Nigéria e Costa do Marfim para sediar uma futura edição do torneio, proposta que dialoga com a tendência recente da FIFA de apoiar sedes compartilhadas.
A fala do ministro, dada à imprensa local, foi direta?
“A FIFA caminha para modelos de copatrocínio entre países. Quem sabe a próxima Copa não possa ser organizada por Gana, Nigéria e Costa do Marfim?”
A afirmação não é apenas um gesto simbólico. Ela surge em um momento estratégico para a África Ocidental, que vem investindo em infraestrutura esportiva e consolidando sua presença em competições internacionais. Costa do Marfim e Nigéria hospedaram edições recentes da Copa Africana de Nações (AFCON), modernizando estádios, melhorando sistemas de transporte e ampliando redes hoteleiras, elementos considerados fundamentais para uma candidatura à Copa do Mundo.
Sports Minister Kofi Adams says Ghana is considering joining Nigeria and Côte d’Ivoire to host a future FIFA World Cup together.
— Entertainment Yard (@eyard_) November 20, 2025
He says the three countries have started discussions to see if they can put in a joint bid for the tournament. pic.twitter.com/endKtKODtj
Tendência global favorece sedes compartilhadas
Nas últimas edições, a FIFA tem se posicionado a favor de projetos multipartites. O Mundial de 2026 será o primeiro com três países-sede (Estados Unidos, Canadá e México). Já a Copa de 2030 foi anunciada com um formato ainda mais inédito, envolvendo seis países distribuídos em três continentes.
Esse novo modelo permite dividir custos, ampliar a capacidade de infraestrutura e fortalecer vínculos regionais, fatores que beneficiam candidaturas de países em desenvolvimento.
Para a África, que só sediou o Mundial uma vez, em 2010, na África do Sul, a proposta de Adams sinaliza um desejo não apenas esportivo, mas também político: mostrar que o continente tem condições de receber o maior evento esportivo do planeta e de projetar sua imagem globalmente.
Capacidade e desafios
Embora o ministro tenha destacado que os três países possuem potencial para organizar o evento, ainda não existe um documento formal que oficialize a candidatura. A proposta está no estágio inicial e exigiria articulação entre governos, federações de futebol, confederações continentais e a própria FIFA.

Um movimento com impacto além do esporte
A fala de Kofi Adams repercutiu rapidamente entre torcedores, jornalistas e analistas esportivos. Para muitos, a iniciativa representa um gesto de afirmação continental, especialmente num momento em que o futebol africano vive ascensão global, com jogadores, treinadores e seleções ganhando protagonismo nas ligas internacionais.
Uma candidatura conjunta entre Gana, Nigéria e Costa do Marfim colocaria a África Ocidental no centro das conversas esportivas, econômicas e políticas do cenário mundial. Seria também uma oportunidade de promover integração regional, fortalecer o turismo e incentivar investimentos em infraestrutura, cultura e tecnologia.




