Furacão Melissa chega a Cuba após deixar um rastro de destruição na Jamaica

O furacão Melissa atingiu Cuba nesta quarta-feira (29) depois de devastar a Jamaica, onde foi classificado como categoria 5, a mais alta da escala, e considerado o maior e mais poderoso furacão a atingir o país em 174 anos.

Com ventos que ultrapassaram 295 km/h, Melissa causou inundações severas, deslizamentos e deixou centenas de casas destruídas. O governo jamaicano, que havia montado mais de 800 abrigos de emergência, iniciou evacuações obrigatórias em várias comunidades antes da chegada da tempestade, em uma ação preventiva considerada uma “lição aprendida” após desastres anteriores na região.

Mesmo assim, os danos foram graves. De acordo com autoridades locais, três mortes foram confirmadas até o momento, enquanto equipes de resgate continuam vasculhando áreas isoladas. Milhares de pessoas permanecem sem energia elétrica e muitas cidades enfrentam escassez de água potável e alimentos.

Ao avançar sobre o Caribe, o furacão perdeu parte da força e chegou a Cuba como categoria 2, com ventos de cerca de 165 km/h, mas ainda provocando estragos significativos e evacuações em massa nas províncias de Santiago de Cuba e Granma. O governo cubano suspendeu voos, transportes e atividades portuárias, alertando para chuvas torrenciais e risco de deslizamentos.

Meteorologistas da Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmam que Melissa é um evento extremo raríssimo, resultado direto do aquecimento dos oceanos e das mudanças climáticas globais, que têm tornado os furacões mais intensos e imprevisíveis.

Enquanto Cuba enfrenta o impacto direto da tempestade, a Jamaica inicia um longo e difícil processo de reconstrução. O cenário nas ruas é de devastação: casas arrasadas, plantações destruídas e famílias desabrigadas. Organizações humanitárias já iniciaram o envio de ajuda, e o governo promete reforçar ações de resposta e reconstrução.

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