14 de agosto de 2025

Negócios

Forbes The Founders 2025: KondZilla e Fernanda Ribeiro, empreendedores que fazem a diferença

Os empresários são 2 dos 15 nomes homenageados nesta edição da revista que aborda as dificuldades na jornada de um empreendedor de sucesso

• 11/08/2025
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Reprodução: @leoafe/kond

KondZilla, nome artístico de Konrad Dantas e Fernanda Ribeiro, cofundadora da Conta Black, fazem parte da lista de 15 homenageados da Forbes The Founders. Nesta edição os convidados falam sobre as dificuldades que enfrentaram na jornada e detalham as características que forjam um empreendedor de sucesso.

Konrad Dantas, fundador da KondZilla (2012)

Um dos nomes mais influentes da cultura de favela, entretenimento e arte periférica do Brasil. Aos 36 anos, ele é produtor, empresário, apresentador, fundador da produtora e selo KondZilla e criador da série Sintonia, a produção brasileira mais assistida da história da Netflix, com cinco temporadas. Indicado ao Emmy e ao Grammy Latino, vencedor de cinco prêmios Cannes Lions e listado no Forbes Under 30, Konrad Dantas compartilha com a Forbes como construiu sua carreira, guiado por aprendizado constante, resiliência e paixão.

Nascido em Santos e criado no Guarujá, no litoral paulista, Konrad relembra o início da KondZilla que aconteceu há 14 anos, movido pela vontade de transformar sonhos em realidade e pela influência do ambiente onde cresceu. Para ele, empreender significa equilibrar quatro variáveis: pessoas, tempo, dinheiro e metas. 

“Não me vejo como autodidata, mas sou muito curioso. Sempre busco orientação de mentores, professores e coaches porque isso economiza tempo. Nada substitui aprender com quem já passou pelo caminho”, disse em entrevista à Forbes.

Atualmente, Konrad cursa o Owner President Management (OPM) na Harvard Business School, além de outros cursos de gestão, ele destaca a importância de equilibrar arte e negócios. O produtor também prepara um novo movimento estratégico com a GR6, batizado de KondZilla Nova Era, uma operação que promete consolidar ainda mais sua posição no entretenimento.

Fernanda Ribeiro, cofundadora da Conta Black (2017)

Cofundadora e CEO da Conta Black, Fernanda Ribeiro não gosta de se limitar pela posição que ocupa como empresária e executiva.

“Meu maior norteador é a Fernanda que sou e não a que estou. É assim que gosto de me apresentar”, diz a Forbes. 

A frase funciona como uma porta de entrada para entender sua trajetória e o que a move: construir pontes. O conceito se aplica não só à empresa que criou, que oferece crédito a pessoas frequentemente ignoradas pelo sistema bancário, mas também ao desejo de aproximar o mercado financeiro da academia, de abrir espaço para outras mulheres e de manter o elo entre as muitas versões dela mesma que coexistem.

Fernanda nasceu e foi criada na zona sul de São Paulo, a quinta entre as sete filhas. Desde cedo, conviveu com referências femininas potentes, das mais variadas gerações e personalidades. Segundo ela, isso foi fundamental para moldar sua escuta ativa e sua habilidade de adaptação no papel de empreendedora e a líder que se tornaria.

A Conta Black nasceu na virada de 2017 para 2018, quando Sergio All, seu sócio, viu na negativa de crédito de seu banco a oportunidade de fazer diferente. Com o tempo, o foco se ampliou: da bancarização à oferta de crédito, da inclusão financeira à educação.

Um dos propósitos do negócio revelados pela executiva foi a Ponte Estaiada, vista de um dos primeiros escritórios da empresa, era a representação perfeita:

“De um lado, a gente via a periferia. Do outro, a Faria Lima. Era muito simbólico porque representa exatamente o que queremos fazer: construir pontes entre duas realidades diferentes, de modo que as pessoas que estão na periferia, em sua maioria mulheres negras, possam acessar produtos e serviços muito parecidos com quem está do outro lado da ponte.”

Hoje CEO da companhia, Fernanda segue movida pelo impacto que seus serviços têm na vida de outras pessoas, mesmo diante das instabilidades e da imprevisibilidade do mundo dos negócios. Ela faz questão de manter contato direto com clientes e um pequeno agradecimento pela concessão de crédito vira combustível para lembrar por que faz o que faz todos os dias.

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