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Conheça Ana flor, comunicadora que provou que é possível tornar a comédia não ofensiva
Condenação de Léo Lins reacende debate sobre os limites do humor, e comunicadora surge como contraponto ao discurso de ódio no riso

O humor não pode tudo! A recente condenação do humorista Léo Lins por piadas capacitistas e preconceituosas durante o show ‘Perturbador‘ acendeu um debate na internet sobre discursos que violentam comunidades historicamente marginalizadas, especialmente quando disfarçados de piada.

Nas redes, o caso rapidamente se tornou trending topic, e uma outra história tem sido resgatada como exemplo de responsabilidade e escuta no meio humorístico: a de Tatá Werneck @tatawerneck) e Ana Flor (@tdetravesti).
Em 2021, ao reconhecer que já havia feito uma piada transfóbica, Tatá contratou a comunicadora Ana Flor para atuar como consultora do programa ‘Lady Night‘. A proposta era simples e poderosa: evitar que o riso viesse da opressão.
“Ela vê os episódios do Lady Night antes [de irem ao ar] e fala: ‘Tatá, isso aqui não dá’. E aí fica uma hora me explicando. Tem coisas que jamais imaginei que poderiam ser ofensivas. E não quero mais errar. Não quero que esse programa desinforme”, contou a apresentadora na época.
Ana também já ofereceu esse mesmo serviço para outros comediantes, como Fábio Porchat, reforçando que seu trabalho não é de censura, mas de escuta e transformação. “O humor pode ser uma caixa de ferramentas para o riso e não para a produção da violência”, escreveu.