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Ciclone Chido deixa ao menos 34 mortos em Moçambique e milhares de desabrigados
Cerca de 175 mil pessoas ficaram desabrigadas com a passagem do ciclone
O ciclone Chido provocou ao menos 34 mortes em Moçambique, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (17) pelo Instituto Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (INGD). O fenômeno atingiu o país no domingo (15), devastando a província de Cabo Delgado, onde 28 das mortes foram registradas. Outras três vítimas fatais foram contabilizadas em Nampula e três em Niassa, no interior do país.
Além das mortes, 319 pessoas ficaram feridas e mais de 175 mil ficaram desabrigadas. O ciclone, com ventos de 260 km/h e chuvas torrenciais que acumularam 250 milímetros em apenas 24 horas, destruiu mais de 23 mil casas e 170 barcos pesqueiros, agravando a crise humanitária na região.
A passagem do Chido afetou áreas já vulneráveis no norte do país, frequentemente atingidas por fenômenos climáticos extremos. A situação é ainda mais delicada devido aos conflitos armados e ao subdesenvolvimento na região.
Foto: Redes Sociais/X
O ciclone chegou ao continente após passar pela ilha de Mayotte, no Oceano Índico, onde há temores de que o número de mortos seja ainda maior. Na segunda-feira (16), o Chido seguiu em direção ao Malawi e agora ameaça o Zimbábue, que está em alerta para possíveis inundações e deslizamentos devido às chuvas intensas esperadas.
A crise climática em Moçambique é recorrente, com o país enfrentando sucessivos desastres naturais, como ciclones e enchentes. A comunidade internacional e organizações de ajuda humanitária já estão mobilizadas para atender às necessidades emergenciais da população atingida, enquanto o governo moçambicano tenta avaliar os danos e organizar a resposta à tragédia.