Bruna Gonçalves se emociona ao falar sobre cabelo: 'Não me aceitava'

No poema “Do velho ao jovem”, da fantástica professora Conceição Evaristo, existe uma frase que diz assim: “o que os livros escondem, a palavra dita liberta”. O verso se aplica em sua máxima a conversa que tive com a influenciadora, bailarina e ex-bbb @brunnagoncalves sobre cabelo e empoderamento na última quarta-feira (17).  

“A Bruna de 10 anos atrás tinha vergonha do seu cabelo, ela não se aceitava”, explicou. O encontro com a influenciadora foi promovido pela @fiquedivacomniely, onde a marca apresentou Brunna como porta-voz da linha “Nielly Gold-Cachos definição prolongada” formada por produtos feitos especialmente para pessoas com o cabelo cacheado. O rótulo garantia 72h de “bate-cabelo” em perder a definição. Na plateia, pude ver lágrimas e sorrisos de alívio de quem sofreu a vida toda por não “ver” o seu cabelo nas prateleiras de um supermercado, nos livros ou na sociedade. 

“Até que decidi passar pela transição e isso foi libertador”, afirmou Brunna, que tem na bio do seu Instagram a frase: “troco de cabelo, igual troco de roupa”, uma menção clara a versatilidade oferecida pelos nossos fios em um penteado. O momento ainda contou com uma perfomance eletrizante de @marciapanteraoficial, a 1° drag queen bate cabelo do Brasil, e da ballroom  

@casademutatis, porque cabelo é também sobre dança e diversão. Acho que foi um teste para as tais 72h de “bate-cabelo”. 

Bem, se até então os livros, a TV e muitas mídias me fizeram crer que o meu cabelo era feio, a última quarta me mostrou outra coisa. A palavra dita (e vivida) pela Brunna, não só libertou como também me lembrou da letra de Emicida, na canção Mufete: “esquece o que livro diz, ele mente. Ligue a pele preta ao riso contente”. É isso!