15 de setembro de 2025

Cultura

Baobás de Madagascar: os guardiões ancestrais da natureza

Árvores milenares, símbolos de vida e resistência, enfrentam hoje o desafio da preservação

• 12/09/2025
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Reprodução: Shutterstock

No coração de Madagascar, erguem-se árvores que parecem atravessar o tempo: os baobás, conhecidos localmente como reniala, expressão que significa “mãe da floresta”. Com troncos robustos que podem chegar a 30 metros de altura e séculos de idade, essas espécies não são apenas monumentos naturais, mas também pilares culturais, espirituais e ecológicos da ilha.

Madagascar abriga seis espécies endêmicas de baobá, exclusivas de seu território. Entre elas, o Adansonia grandidieri se tornou o mais icônico, especialmente na Avenue of the Baobabs, na região de Menabe. Ali, cerca de duas dezenas de árvores imponentes formam uma das paisagens mais emblemáticas do continente africano, atraindo turistas e pesquisadores do mundo todo.

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Na cultura malgaxe, os baobás carregam significados que vão além da estética. São considerados sagrados, associados à ancestralidade, à fertilidade e à força da vida. Suas frutas, folhas e sementes alimentam comunidades e animais, enquanto seu tronco armazena água e oferece abrigo para insetos, aves, morcegos e até lêmures.

Mas esses guardiões da natureza também estão sob ameaça. O avanço do desmatamento, as queimadas e os efeitos da crise climática têm dificultado a regeneração das árvores mais jovens. Projetos de conservação e iniciativas de ecoturismo buscam proteger tanto os baobás quanto o modo de vida das comunidades que dependem deles.

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Entre lendas como a do Baobab Amoureux, dois troncos entrelaçados que simbolizam o amor eterno e o impacto real que exercem sobre a biodiversidade, os baobás seguem como testemunhas vivas da história de Madagascar. São lembrança de que a natureza, quando respeitada, é também memória, identidade e futuro.

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