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Anitta é acusada de hipersexualização
Anitta é acusada de hipersexualização.
Anitta subiu o morro mais uma vez para estereotipar a favela e os corpos negros. As imagens de seu próximo clipe vazaram e fotos em meio a homens negros cheios de óleo (suor?) já mostram o que virá.
A diva do pop brasileiro não se contenta apenas em praticar o soft porn através das músicas e coreografias, é preciso levar para milhões de pessoas, inclusive fora do Brasil, a imagem hipersexual de homens e mulheres negros.
Não vamos confundir o que está sendo dito aqui com moralismo. O tipo de propaganda que a música pop faz com seus clipes é parecido com os cartões postais de antigamente onde brasileiras seminuas posavam em convites chamativos na publicidade da Embratur.
Que o empoderamento feminino tem se confundido com pornificação já é sabido, mas a exploração de corpos negros para essa prática se torna ainda mais problemática. Pessoas precisam trabalhar e a Anitta faz seu trabalho, os modelos fazem seu trabalho e as dançarinas também, mas todo esse trabalho é alimentado por uma estrutura industrial que lucra muito na confusão do discurso de liberdade feminina com exposição absoluta de corpos a serviço de homens brancos que são os donos da engrenagem.
Anitta, com a visibilidade que tem, poderia fazer qualquer coisa com a imagem do Brasil, mas ela joga o jogo e reforça o que vende porque no fim o lucro é mais importante que o discurso.
Não será a última vez que uma cantora pop vende imagem pornificada para alcançar visualizações, mas talvez o público possa ser mais crítico antes de consumir closes genitais e coreografias que emulam sexo.