Com a AGOJI, Larissa Rodrigues levará lideranças negras brasileiras para experiência internacional em festival focado na cultura negra

Pronta para lançar uma ponte entre Brasil e a creator economy global, Larissa Rodrigues, sócia-fundadora da AGOJI, está pronta para liderar em julho a primeira edição do AGOJI Experience, uma imersão internacional voltada para lideranças e empresárias negras em um dos maiores eventos da comunidade preta global, o ESSENCE Festival of Culture.

Para ela, essa não é apenas uma viagem. É uma afirmação de propósito. “Volto mais madura, segura e decidida sobre a forma que quero que eu e a AGOJI sejamos reconhecidas nacional e internacionalmente”, diz.

Com a AGOJI Experience, ela consolida uma nova frente. A ideia surgiu em 2024, quando participou pela primeira vez do ESSENCE Festival e percebeu o quanto o Brasil ainda desconhece a potência da creator economy preta internacional. “Muitos criadores no Brasil não têm passaporte ou visto americano porque não conseguem se imaginar fazendo algo que as marcas já fazem há décadas com personalidades brancas.”

Com curadoria especializada e agenda personalizada para cada participante, a AGOJI quer reverter esse cenário. “Quero que as pessoas vejam que é possível investir milhões na comunidade negra e ter retorno absoluto, seja em reputação, vendas ou alcance de marca.”

A programação inclui experiências sensoriais em mais de 15 editorias, como o Global Black Economic Forum, a BeautyCon e o SOKO Market, além dos icônicos shows no Superdome. A jornada também conta com parcerias de peso, como United Airlines, Sestini e uma rede de hotéis internacionais.

Para Larissa, repertório é mais que conhecimento. É poder de decisão. “Nosso repertório é o principal traço da nossa identidade e tem o poder de mudar tudo ao nosso redor, inclusive impactar, negativa ou positivamente, a vida de outras pessoas.” Seu objetivo é claro: que cada mulher volte da viagem “transformada e pronta para adaptar tudo que viu lá, aqui no Brasil”.

Trajetória inspiradora começou em um salão de beleza

Natural de Porto Alegre e filha de uma cabeleireira, Larissa aprendeu cedo o valor da independência financeira e do trabalho com propósito. Aos 12 anos, já atuava como manicure no salão da mãe. “Ela me ensinou valores fundamentais para circular no mercado corporativo”, conta.

Ao se mudar para São Paulo, entendeu que o mercado precisava de mais do que esforço: precisava de estratégia. Foi no coletivo AFROMACK, durante a faculdade, que Larissa começou a articular conexões entre estudantes negros e grandes empresas. Ali nasceu a semente do que viria a ser a AGOJI, consultoria baiana que une comunicação, curadoria e experiências de impacto para públicos historicamente invisibilizados.

“O que tento fazer é ter intencionalidade como premissa. Dificilmente me verão divulgando um projeto ‘exclusivamente para negros’, mas na maioria das vezes ele será, por intenção genuína de promover experiências que pessoas como eu não tiveram acesso antes.”

A mulher que retorna ao ESSENCE em 2025 não é mais a mesma. Agora ela carrega outras ao lado. E esse movimento, segundo ela, é só o começo.

Confira fotos do último evento que ocorreu, em Porto Alegre:

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