• 19-09-2024

Um dos homens  resgatados de condição  análoga a de  escravidão em uma pedreira na cidade de  Taquara , na Região Metropolitana de Porto Alegre, nesta terça-feira (16), tem 31 anos, estudou até a 8ª série, é morador da região e conta que seu sonho é se "dar bem na vida".  

 

 

O homem, junto de outros dois trabalhadores que foram resgatados com ele durante uma operação da Polícia Civil, era submetido a uma jornada de trabalho que chegava a 12h, segundo a investigação.  

 

 

"A gente quebra a pedra na pedreira, né, para construção, e carrega até o caminhão para levar para as obras",  conta .  

 

 

Sem carteira assinada, pelo serviço, diz que recebia R$ 100 por dia. O local para dormir era um alojamento improvisado onde havia colchões em más condições colocados no chão. Ao lado, ficava uma oficina. Segundo a polícia, a alimentação e a higiene eram precárias.  

 

 

 

Os trabalhadores devem ser encaminhados para receber acolhimento pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).  

 

 

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Local em que trabalhadores dormiam em Taquara, segundo a Polícia Civil — Foto: RBS TV  

 

A Polícia Civil descobriu que os trabalhadores da pedreira clandestina recebiam pedras de crack como forma de pagamento. Algumas provas, obtidas a partir de interceptações telefônicas, indicam isso.  Crack e cachimbos foram apreendidos no local.  

 

 

 

Três trabalhadores foram localizados nos alojamentos improvisados e, então, resgatados. Seis pessoas foram presas, entre elas, aquela que seria responsável pelo recrutamento dos homens. A prisão dela foi convertida em preventiva pela Justiça.  

 

 

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Homem preso durante ação contra trabalho escravo em Taquara — Foto: RBS TV  

 

 

"Os trabalhadores estavam em condições desumanas e degradantes, desatendendo as questões sanitária, tributária, fiscal, criminal, ambiental",  diz    o    delegado    Garcia    Neto .  

 

 

Redação Africanize

Redação do Africanize