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A condenação de Day McCarthy na última quarta-feira (21), pelos crimes de injúria racial e racismo contra a filha do casal de artistas Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, teve papel fundamental da advogada Juliana Souza, de 33 anos, que representou a família Gagliasso no processo contra a criminosa, condenada a 9 anos de prisão. Saiba mais!
A decisão judicial no caso Gagliasso x Day McCarthy é um importante precedente no combate ao racismo estrutural. Segundo a advogada, que nasceu na Bahia e também é escritora e cantora, a condenação traz um valor simbólico para ela, que já foi vítima de racismo.
“Como advogada e como alguém que já foi essa menina negra, fico muito feliz. Agradeço à família pela confiança, aos meus colegas Diogo José e Silvia Souza, que estiveram comigo neste processo. Vou dormir um pouco mais tranquila, mas amanhã acordo de novo imbuída da missão de fazer justiça, para que nenhuma criança passe pelo que a Titi passou, pelo que eu passei. Que essa não seja mais uma história banalizada no Brasil, mas um exemplo e referência para outras decisões envolvendo pessoas negras e crimes odiosos como racismo e injúria racial", afirma Souza.
Para ela, a decisão cria um precedente inédito no país. "Existe aquela conhecida frase, de que o racismo no Brasil compensa. Hoje, com essa sentença, podemos dizer que não, não compensa”, celebra a advogada.
Juliana Souza também é fundadora do Instituto Desvelando Oris e autora do livro "Torrente Ancestral, vidas negras importam?". Durante a pandemia, participou de algumas lives da cantora Anitta para discutir equidade racial.