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Victor Balbino, de 23 anos, estudou em colégio público durante boa parte da vida. Mas foi no 2º ano do ensino médio que o jovem percebeu que poderia avançar muito além com os estudos, como estudar em uma universidade fora do país, em Darmouth College, nos Estados Unidos. Agora, recém-formado em economia, ele ajuda outras pessoas a ingressarem nos estudos fora do Brasil.
Em entrevista à Africanize , Victor Balbino dá detalhes sobre como passou para uma universidade norte-americana e como contribui na formação acadêmica de outros jovens brasileiros com o projeto “SuperMentor”. Confira mais!
“Considerando que o processo de entrar em uma universidade fora do país considera diversos fatores, tive oportunidades de desenvolver atividades extracurriculares fora de sala de aula desde os meus dez anos. Foi um interesse cívico por conta dos meus pais, e eventualmente quando estava no meu segundo ano do ensino médio, descobri essa oportunidade de estudar fora, e percebi que tudo que eu estava fazendo estava conectado.”
Natural de São João Del Rei, em Minas Gerais, o jovem conta que sempre gostou de estudar e que foi a partir do 9º ano do ensino fundamental que Victor começou a fazer novas atividades, como aula de inglês, teatro, música, e matérias como química e física. Já no ensino médio, participou de um programa da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, chamado “English Immersion Program”, onde ficou uma semana em Brasília discutindo tópicos diplomáticos do país norte-americano.
Com a conclusão do ensino médio, o jovem tirou um ano sabático para aplicar nas universidades dos Estados Unidos, enquanto precisava aprender no mesmo passo todas as informações sobre o processo de ingressar em uma universidade dos Estados Unidos. E foi como nasceu o SuperMentor, uma iniciativa gratuita que ajuda estudantes brasileiros a encontrarem informações para estudar fora do país; como guias de como escrever cartas de recomendação, ir bem em entrevistas, dicas de economia e informações sobre o processo de provas.
“O SuperMentor é uma organização sem fins lucrativos, e um dos principais motivos que a gente decidiu criar o projeto, foi democratizar o acesso à informação. A gente percebeu que, de certa forma, era injusto para várias outras pessoas que, talvez tivessem um mesmo sonho, mas que encontrassem dificuldade com as informações.”, explica Victor Balbino.
“A gente decidiu criar o suplemento como uma forma de já começar a preparar as pessoas para passarem pelo processo antes delas iniciarem ele em si. Temos três iniciativas principais: a primeira tem objetivo de explicar todos os passos que tem que passar para eventualmente formular a candidatura.”
O programa oferece ainda uma “SuperMentoria” de 5 semanas, com o objetivo de “criar um senso maior de comunidade entre os estudantes”, além de explicar tópicos e tirar dúvidas. “ Mesmo que o estudante tenha acesso à informação que pode facilitar a vida dele, podem surgir dúvidas no caminho sobre todo o processo. Garantimos que todas as informações estejam conectadas e estamos ali para entendê-las e explicá-las” , conta.
Projeto iniciado em 2019, o “SuperMentor” possui cerca de 150 mil usuários no website. A longo prazo, Victor Balbino conta que deseja ampliar ainda mais o alcance das informações, como se conectar diretamente com estudantes que não conhecem ainda o projeto.
“ Inicialmente, queremos entrar em contato diretamente com os pais dos estudantes, já que eles possuem um papel importante para a candidatura, e na área das escolas, garantir que elas estejam mais preparadas para auxiliar os estudantes. O nosso conteúdo está disponível nacionalmente, mas será uma questão de escolher os Estados que farão mais sentido para fazer esse contato primeiramente.”