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O filme "Emancipation", protagonizado por Will Smith, esteve envolto em uma controvérsia nos bastidores. O longa, lançado em 2022 pela Apple, marcou o primeiro grande trabalho de Smith após o episódio do tapa no Oscar, e viveu um verdadeiro drama durante as negociações de bastidores que envolviam a gigante da tecnologia e o governo de Louisiana.
De acordo com uma investigação do Wall Street Journal , a Apple teria ameaçado mover a produção de "Emancipation" para fora da Louisiana se os legisladores locais não rejeitassem um projeto de lei que impactaria diretamente a operação de sua App Store. Tanner Magee, um dos representantes da Câmara Legislativa do estado, relatou que um funcionário da Apple teria feito um ultimato: se o projeto de lei de 2021, que permitiria aos desenvolvedores de aplicativos usar um sistema de pagamento alternativo na loja de aplicativos, fosse aprovado, a empresa cancelaria a produção do filme no estado.
"Ele basicamente disse que se não rejeitássemos o projeto de lei, eles retirariam o filme e prejudicariam nossa economia ", afirmou Magee ao jornal.
A ameaça de mover uma grande produção cinematográfica como "Emancipation" para outro estado poderia gerar impactos econômicos significativos para a Louisiana, especialmente em um período de recuperação econômica pós-pandemia. No entanto, a Apple nega as acusações e classifica a situação como uma tentativa de distorcer os fatos. Um porta-voz da empresa declarou ao Wall Street Journal : "Sempre operamos com os mais altos padrões de integridade, e as alegações de que não o fizemos neste caso são falsas".
Ainda que o estúdio tenha mantido a produção no estado, as alegações levantam questionamentos sobre a influência de grandes corporações sobre políticas locais e decisões governamentais. A possível manipulação de um projeto de lei que visava promover a concorrência no sistema de pagamentos de aplicativos demonstra como interesses econômicos e culturais podem se entrelaçar de maneira complexa.